Urgente – Antigos comandos Búfalos preparam manifestação com táctica militar se não forem inseridos na Caixa Social das FAA
Desmobilizados desde 2002, os antigos militares ( comandos Búfalos ) que falavam para Despertar, afirmam que já receberam das autoridades várias promessas para garantir a reforma, mas na prática nada muda. Sendo assim, os militares dizem encontrar a rua como único meio de pressionar a inserção na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas.
“Somos tropas dos comandos búfalos e desde que fomos desmobilizados que não se resolve nada. O nosso general Martinho Ngola está a ser aldrabado, já perdemos as nossas mulheres os filhos não nos respeitam, parece que não combatemos por este país”, lamentam.
Insatisfeitos com a demora, os antigos comandos Búfalos prometem usar a táctica militar para manifestar descontentamento nas ruas.
“O MPLA está sempre a aldrabar, pelo estado que vive um general dos Comandos Búfalos, mais vale um sargento das FAA, não temos salário nem nada, não nos respeitam por que?”, questionaram.
“O general Ngola instrui-nos para optarmos pela pacificação, e obediência ao governo que está no poder, mas as nossas lágrimas está a nos empurrar para outro caminho, porque o governo não olha por nós. Estamos desamparados… vamos ir para as ruas porque o código penal da nossa República diz que a manifestação não é crime, quem não come deve lamentar”.
“Somos velhos, e não estudamos porque estávamos a defender este país, agora os nossos filhos também não estudam porque os pais não têm condições. Com a nossa idade, sessenta anos, qual é a empresa que vai nos aceitar, estamos cansados com este governo que só promete, onde vou tirar o pão para sustentar os nossos filhos, esse governo que não nos respeita, só está no poder porque nós combatemos”, disseram.
Os antigos soldados da Frente Nacional de Libertação Nacional de Angola (FNLA), derrotados pela aliança do MPLA com os cubanos no limiar da independência em 1975, reclamam a similitude de tratamento concedido aos congéneres da UNITA e da Frente de Libertação de Cabinda (FLEC).
O batalhão chegou na altura a atingir 9,5 mil homens, que se espalharam ao longo do tempo principalmente para os seguintes países da África Austral: Africa do Sul, Namíbia, Angola (tendo em conta o regresso conseguido individualmente por alguns), Botswana, Namíbia e Zâmbia.
NMC