O órgão de fiscalização da China informou nesta quinta-feira que eliminou cerca de 8.000 aplicativos móveis “maliciosos”, incluindo um vídeo game distribuído pela gigante de tecnologia Tencent Holdings Ltd, enquanto os órgãos reguladores aumentam o controle da Internet no país.
A Administração de Ciberespaço da China (CAC), informou em um comunicado que ordenou que as operadoras fechassem os serviços de 7.873 aplicativos após descobrirem que haviam sobrecarregado e enganado usuários, bem como informações roubadas.
A CAC Lançou a campanha em setembro com outros ministérios do governo chinês para atacar “aplicativos móveis maliciosos que infringem os direitos dos usuários”, disse a agência.
Entre os aplicativos visados pela agência estava uma versão chinesa de “Fruit Ninja”, desenvolvida pela iDreamSky Technology Holdings Ltd e distribuída pela Tencent. O jogo causou prejuízos econômicos aos usuários, induzindo-os a assinar serviços indesejados baseados em taxas.
Outros jogos como “Bathroom Goddess” e “Naughty Housemaid” que foram desenvolvidos e publicados por outras empresas cometeram “atividades de hooligan online”, como roubo de informações, spam e downloads forçados.
A Tencent e iDreamSky, não responderam às solicitações de comentários.
O mercado de videogames da China, o maior do mundo, está sob escrutínio rigoroso desde o ano passado, quando as autoridades pararam de aprovar novos títulos por quase um ano. Ele recentemente retomou as aprovações, mas os líderes do setor,
Tencent e NetEase, ainda não receberam nenhuma aprovação.
O controle político da Internet também se tornou mais severo sob o presidente Xi Jinping, um esforço que se acelerou desde 2016, quando o Partido Comunista, no poder, tenta reprimir a dissidência nas redes sociais.
A CAC anunciou na quarta-feira que havia deletado mais de 7 milhões de informações online, além de 9.382 aplicativos móveis, e criticou um aplicativo de notícias da Tencent para divulgar “informações sobre baixa e baixa concorrência”.