Notícias de Angola – Eduardo dos Santos é declarante no processo contra Manuel Rebelais
O Ex-Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, está arrolado como declarante no processo contra o antigo ministro da Comunicação Social, Manuel Rebelais, que está a ser investigado no Departamento Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP) da Procuradoria-Geral da República por alegada má gestão do Gabinete de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional e Marketing da Administração (GRECIMA), órgão que velava pela imagem do Governo, de que foi responsável entre 2012 e 2017.
Enquanto director do Grecima, Manuel Rabelais geria os orçamentos e conselhos de administração dos órgãos de informação estatais. Rabelais é agora investigado num suposto desaparecimento de avultadas somas em dólares destinadas à compra de equipamentos para a modernização dos referidos órgãos, segundo fontes, acabaram por ser desviados através de uma rede de empresas indicadas por Rabelais para efeitos de branqueamento de capitais. Parte dos fundos tinha como destino final uma empresa-fantasma por ele usada nas Ilhas Virgens Britânicas.
Entretanto, José Eduardo dos Santos é arrolado neste processo na condição de declarante por ter sido mencionado pelo Manuel Rebelais como tendo sido a figura do estado que autorizou a saída dos valores.
O Odecreto noticiou recentemente que o antigo chefe do estado angolano, José Eduardo dos Santos, foi notificado para comparecer, nos próximos dias, na Direcção Nacional de Acção Penal da Procuradoria Geral da República (DNIAP) “a fim de prestar esclarecimentos”, confirmou ao ODecreto fonte da sua residência no Miramar, que nos remeteu ao director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa da PGR, este por sua vez não confirmou nem desmentiu a informação.
A notificação ao antigo presidente da República José Eduardo dos Santos, que se encontra no Reino da Espanha, mereceu logo reação de JES.
Segundo a nossa fonte, Eduardo dos Santos, ligou na sexta-feira, após ter recebido a comunicação do seu homem directo Luís Fungo, ao actual presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço, pelo que se desconhece qual será a postura a ser tomada pelo antigo estadista.
Até ao momento nem o Gabinete de Apoio do Antigo Presidente nem a presidência da República de Angola se pronunciaram sobre o assunto. A PGR também se remeteu num silêncio total.
C/ O Decreto