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Agentes da Polícia Nacional lucram com cidadãos sem máscaras

Destaque – Agentes da Polícia Nacional lucram com cidadãos sem máscaras

Os relatos de cidadãos que denunciam uma suposta facturação por parte de agentes da polícia nacional nos municípios de Viana, Kilamba Kiaxi e Talatona, têm sido recorrentes, tanto nas redes sociais, como em algumas estações de rádio da capital.

Na semana passada, moradores dos bairros da Robaldina, Sukupira, KM-28 e Capapinha, todos em Viana, localidades radiografadas pela equipa de reportagem do CK, mostraram-se descontentes com o excesso de actuação da Polícia Nacional, chegando mesmo a acusar alguns agentes da Polícia em Viana, de estarem a enriquecer-se com os cidadãos que têm sido apanhados sem o uso de máscaras.

“Aqui no ‘trinta’ a polícia está a se aproveitar do decreto do Estado de Calamidade para fazer ‘candonga’ e facturarem. Mesmo que a máscara tiver só no queixo, se te verem, vão vir a tua atrás para te levarem e te pedirem dinheiro. Não estão a levar na esquadra”, revelou um dos moradores do KM-30, em Viana, ao CK.

Na zona da Robaldina-KM-9, e do Sukupira, ambos em Viana, dos oito cidadãos ouvidos em diferentes locais, sete foram unânimes, acusando a Polícia e incluindo agentes do SIC, de estarem a aproveitar-se do Decreto Presidencial sobre o Estado de Calamidade, para abusos de poder e facturação ilícita.

“Aqui no Sukupira, em vez da polícia estar a se preocupar com os gatunos e esses miúdos de grupo, agora o interesse são só as máscaras. Basta te virem sem máscaras, é suficiente para te prenderem, te meterem no carro, e te levarem no beco para pagar dinheiro”, denunciou um dos moradores do bairro Sukupira.

O relatório do Afrobarometer, liderado pela Ovilongwa – Estudos de Opinião Pública, que entrevistou em 2019 em todo país 2.400 cidadãos angolanos adultos, entre 27 de Novembro e 27 de Dezembro do ano passado, aponta a Polícia Nacional, como a instituição mais corrupta de Angola, seguido da Administração Pública, que também é apontada como tendo funcionários públicos, com 67 e 66 por cento de pessoas corruptas.

Contactado pelo CK, um oficial da Polícia Nacional ligado ao Ministério do Interior, que não aceitou gravar entrevista, disse que a Polícia já está informada sobre o que vem ocorrendo, prometendo nos próximos dias uma reação.

C/ CK

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