Foram vendidos 310,8 milhões de smartphones no primeiro trimestre do ano. Foi o sexto trimestre consecutivo de quebra nas vendas, mas não para todas as fabricantes. A Huawei ultrapassa a Apple.
As vendas de smartphones estão em queda acentuada. Recuaram pelo sexto trimestre consecutivo, quase duplicando o ritmo do trambolhão face ao registado nos primeiros três meses do ano anterior. No meio da “crise”, a Huawei sorri, superando a gigante Apple num ranking que continua a ser liderado pela Samsung.
Segundo a Internacional Data Corporation (IDC), o volume das vendas de smartphones a nível mundial caiu 6,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior — no arranque de 2017, as vendas já estavam a cair, registando, à data, uma quebra de homóloga de 3,5%. As vendas desmartphones caíram de 332,2 milhões nos primeiros meses de 2018 para 310,8 milhões em 2019.
Esta quebra, explicada por Roberta Cozza, diretora de pesquisa da consultoria Gartner, com a desaceleração económica global, mas também com algum desencantamento dos consumidores perante os produtos que são lançados no mercado, não afetou todas as marcas por igual. Enquanto as concorrentes viram as vendas a cair, a Huawei continua a crescer.
Ao longo do primeiro trimestre de 2019, a empresa chinesa fabricou 59,1 milhões desmartphones, registando um crescimento de mais de 50% em comparação ao ano transato. Este número permitiu à empresa que tem estado na mira da administração Trump ascender à segunda posição no ranking de fabricantes, superando a Apple, com uma quota de 19% no mercado de smartphones.
A marca da maçã apresentou uma queda de 30,2% quando comparado com o ano passado e acabou por cair para a terceira posição, fabricando apenas 36,4 milhões de iPhones. Aquele que é o ex-líbris da Apple registou uma quebra de 17% nas vendas nos últimos três meses, quando comparado ao primeiro trimestre de 2018. Ficou com uma quota de 11,7%, segundo a IDC.
A liderar o mercado continua a Samsung com 71,9 milhões de telefones Galaxy comercializados entre janeiro e março, uma quota de mercado de 23,1%. Apesar da liderança, a empresa coreana sofreu igualmente uma redução nas vendas: caíram 8,1% comparativamente com o mesmo período do ano passado.