Urgente – Professores do ensino particular anunciam manifestação nos próximos dias
Os professores do ensino geral das escolas particulares realizarão uma manifestação, nos próximos dias, para reivindicar a intervenção do Executivo, em particular do Ministério da Educação, face ao impacto da Covid-19, que obrigou a paralisação das aulas e encerramento das instituições escolares públicas e privadas e, consecutivamente, a suspensão de pagamentos de propinas, até a retomada das aulas presenciais.
A informação foi passada no início da semana, em Luanda, depois de uma reunião realizada pelos professores, que decidiram organizar uma manifestação na capital do país e, posteriormente, nas demais províncias, para exigir a intervenção do Estado, na situação que passam os “homens do giz”, que há mais de quatro meses estão sem salários.
De acordo com um dos coordenadores da marcha, o professor Joaquim Lutambi, o protesto servirá para exigir a “intervenção do Governo na questão dos professores que deve se consubstanciar na subversão ou supressão dos impostos dos colégios para que estes possam pagar os professores”.
Joaquim Lutambi fez saber que a manifestação marcada para próxima semana, vai reunir grande parte dos professores das instituições privadas de Luanda.
“A presença dos professores particulares nessa luta será fundamental para a resolução que venha mitigar as várias dificuldades que passam os professores nesta fase da Covid-19. Vamos demonstrar a nossa força e exigirmos mais urespeito e reconhecimento do trabalho”, disse.
O outro coordenador, professor Donito Carlos, garante que estão a mobilizar os professores das escolas privadas dos nove municípios que constituem a província de Luanda, e que espera ter no mínimo mais de trezentos docentes de todas as instituições da capital.
O presidente do Movimento dos Estudantes de Angola (MEA), Francisco Teixeira, mostra-se solidário e garante que “os estudantes não vão deixar os seus professores lutarem sozinhos neste momento difícil”, alegou afirmando que seria o Estado a se responsabilizar pelo actual momento de crise que as instituições privadas estão passando por culpa da Covid-19.
O líder do associativismo estudantil entende que o Governo “deve usar dinheiro da segurança social para ajudar os professores que lapidam jovens para um futuro melhor neste país que se chama Angola”, disse.
As aulas foram suspensas em todos os níveis de ensino, a partir de 24 de Março, através de um decreto executivo, que justifica a medida para se evitar a eventual propagação da pandemia da Covid-19 nas instituições escolares.
CK