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Inspectora do DIIP espanca marido por não dar dinheiro de propina do enteado

Notícias de Angola – Inspectora do DIIP espanca marido por não dar dinheiro de propina do enteado

Uma oficial da Direcção de Investigação de ilícitos Penais (DIIP), identificada por Fátima Augusto Perdineira, destacada na zona do km 44, que se fazia acompanhar de mais três elementos, está ser acusada de ter espancado o marido conhecido por Bernardo Perdineira, de 36 anos de idade, na noite do último domingo, 21, no bairro Engevia, município de Belas, pelo facto do lesado ter dito, horas antes, que não tinha dinheiro para o pagamento da propina do filho. A esposa não suportou essa resposta, que acirrou a agressão.

De acordo com a vítima, tudo começou quando ainda viviam no Distrito do Zango, onde o mesmo teve de abandonar a casa por ser propriedade da esposa.

Após terem casado, o ex-marido da Inspectora ainda frequentava a residência do casale sempre que Bernardo, o actual marido, tentasse reclamar ante a presença do ex- marido da esposa, esta tranquilizava-o, argumentando que o ex, como a casa tem um bar, ia só para consumir alguma bebida.

“Quando reclamo, ela me dizia que o ex-marido vinha apenas beber cerveja, mas o que me assustava é que ele saía de lá muito tardeàs vezes, 23 ou mesmo zero horas, e isto me deixava chateado”, contou.

Os problemas naquele lar foram aumentando cada dia, até que o lesado, mesmo sem pedir o divórcio, achou por bem sair daquela casa e ir morar no bairro Engevia, onde, por sinalestá a sua residência, situação que deixou a esposa chateada e, a partir daquele momento, só foram “ameaças atrás de ameaças”.

Mesmo tendo abandonado a casa, ainda se responsabilizava por algumas despesas. Mas no passado domingo, 21, no período da manhã, é quando a acusada liga para o esposo no intuito de exigir 40 mil Kwanzas para o pagamento da propina da escola de um dos filhos, no caso enteado da vítima.

Na sequência, Bernardo respondeu à esposa que, naquele instante, não tinha os valores monetários solicitados, mas; pediu que aguardasse até ao final deste mês.

Com esta resposta, a esposa insatisfeita, e fazendo-se valer do facto de ser Inspectora da Polícia, levou aquilo como uma afronta e começou a proferir ameaças, dizendo que o mesmo gastava o dinheiro com outras mulheres, por isso atrasava em dar o dinheiro.

“Eu não tinha dinheiro naquele momento, e por responder daquele jeito ela ameaçou-me”, explica Bernardo, tendo ligado para a irmã, a quem disse que, a qualquer altura, poderia ser morto, porque para a esposa, sendo oficial da polícia, “matar não é problema”.

Entretanto, a irmã minimizou as ameaças, achando que talvez fosse uma forma da esposa brincar e tentar pressionar para dar o dinheiro da propina.

Mas nesse domingo mesmo, às 23 horas, enquanto Bernardo dormia, foi surpreendido pela esposa acompanhada dos seus comparsas, identificados apenas por Avozinho, chefe da Estação de comboio do km 44, Ducha, irmã da acusada e, por último, Segunda, que arrombaram a porta da sua residência e, já dentro da mesma, espancaram-no brutalmente com porrete, socos e chapadas na cara, tendo seu rosto ficado cheio de hematomas e, de seguida, levaram todos os seus meios: televisor plasma, o telefone, toda documentação, botija de cozinha entre outros.

Por outro lado, um dos acusados, no caso Avozinho, ao atear fogo no colchão, que se encontrava dentro da casa, sugeriu que queimassem também o Bernardo. “O Avozinho tentou agitar os outros para que me queimassem e, depois, culpabilizarem os marginais”, lembra.

De realçar que Bernardo teme pela vida e diz que a esposa e os amigos fazem ameaças, permanentemente. Neste momento, não está a passar a noite em casa com medo de ser surpreendido, outra vez, e perder a vida.

O lesado ainda deixou um apelo ao SIC-Luanda, no intuito deste órgão acelerar com o seu processo, que é o número 759.

Este jornal contactou a Inspectora Fátima Augusto Perdineira, a fim de dar a sua versão sobre as acusações que pesam sobre si. Por via telefónica, tão logo a mesma atendeu a chamada, a única coisa que disse foi: “não tenho nada para falar”.

Contactamos também o Segunda, um dos autores que participou naquele acto bárbaro, mas como se encontrava ao lado da Inspectora, logo que atendeu a chamada, a mesma pediu que desligasse o telemóvel.

Na Mira do Crime

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