Notícias de Angola – João Lourenço cancela contrato de limpeza do palácio que custou ao estado 70 milhões de dólares em 2 anos
O Informativo Angolano soube, segundo o site Makaangola, que a manutenção e gestão do palácio presidencial e dos edifícios que fazem parte do seu complexo protocolar, incluindo o Conselho de Ministros, estava a cargo de uma empresa privada de gestores públicos.
A empresa Riverstone Oaks Corporation (ROC), assinou, em nome da SG Services – Lda., dois contratos relativos à “Gestão Operacional e Manutenção Preventiva do Palácio Presidencial e Áreas Protocolares”. Apesar de ambos os documentos terem a mesma designação, o segundo contrato diz respeito aos reembolsos pelos gastos da empresa na execução do primeiro contrato.
Para o primeiro contrato, a SG Services recebia, anualmente, um valor que ascendia a 2,61 mil milhões de kwanzas. O segundo contrato, referente aos reembolsos, tinha o valor anual de 3,3 mil milhões kwanzas. No total, pela limpeza e manutenção do palácio presidencial, a SG Services embolsava anualmente 5,6 mil milhões de kwanzas. Ao câmbio oficial, em 2016, esse montante equivalia a 35 milhões de dólares anuais!
De 2016 a 2017, ao câmbio de então, Angola dispendeu 70 milhões de dólares para limpeza dos referidos edifícios, montante superior ao executado para o Plano de Investimento Público de algumas províncias como Bengo e Cunene ou ainda para o Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM). Praticamente, o equivalente a um hospital português como o de Coimbra ou a quatro hospitais lusos como o de Vila Real.
A presidência de João Lourenço pôs termo a estes contratos a 16 de Maio de 2018, segundo fonte oficiosa.