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General Dino reclama mais de 80 milhões de USD ao Estado

Notícias de Angola – General Dino reclama mais de 80 milhões de USD ao Estado

General Dino reclama do Estado angolano uma divida de cerca de USD 87 milhões, invocando que a sua empresa Kanazuro Electric, prestou serviços de produção de energia elétrica entre 2018 e 2019 nas barragens das Mabubas na Província do Bengo, e Lomaum, em Benguela.

A sua empresa vendeu energia ao Estado 

De acordo com fontes do Club-K, decorrem desde Maio do ano passado, negociações entre a Kanazuro Electric, e o governo representado pelo PCA da Empresa Pública, Rede Nacional de Transporte de Electricidade (RNT-EP), para o pagamento da referida divida “milionária” que o Estado tem com a empresa do antigo chefe das comunicações de José Eduardo dos Santos. Nas reuniões tidas, o general ”Dino” é representado pela directora Administrativa e Financeira da Kanazuro, Fátima Nascimento, por sinal sua sobrinha, e pelo Director-Geral da empresa, Antônio Esteves Pereira Nunes dos Santos.

Constituída em Julho de 2009, Kanazuro Electric tem a sua sede no 17º andar, do edifício CIF Luanda One , onde funciona a holding COCHAN, também detida por “Dino”. Em Novembro de 2009, o antigo Presidente José Eduardo dos Santos, por via da resolução 108, e 109/09, passou as barragens de Mabubas e Lomaum para esta empresa de “Dino”.

Os fundos investidos nos projectos em causa pertence ao Estado angolano por via de uma linha de credito chinês. A Kanazuro Electric, por sua vez, produzia energia (das barragens do Estado) e vendia ao próprio Estado angolano.

A nova gestão do país, sob liderança de João Manuel Gonçalves Lourenço terá notado que o Estado angolano saia lesado neste projecto, uma vez que era obrigado a pagar energia de um projecto que ele próprio investiu. Em Julho de 2020, as duas barragens passaram para a esfera do Estado sendo que a Kanazuro Electric foi colocada de parte.

Os contactos entre a Kanazuro Electric e RNT-EP, tem sido caracterizado com uma espécie de “braço de ferro”, consubstanciado em resistências por parte dos representantes do Estado que entendem que a empresa detida por “Dino” foi erguida com fundos públicos (de forma gratuita) e que em nenhum momento fez pagamento de reembolso ao Estado.

“O Estado angolano comprava a energia produzida nas duas barragens reabilitadas com o seu próprio dinheiro”, lembrou uma fonte conhecedora do assunto, considerando que a referida empresa Kanazuro Electric foi “uma verdadeira lavandaria de dinheiro usando os fundos para sustentar outras empresas” e que nunca fez “nenhum outro tipo de investimento para diversificar os negócios”.

“O General nunca pagou nada ao Estado angolano a titulo de reembolso da linha de credito, e insiste que o Estado através da RNT deve-lhe pagar 87 milhões de dólares da venda da energia, mas não iremos ceder apesar de temos pagado somente o valor correspondente à divida que a Kanazuro tinha com os seus funcionários”, lembrou uma fonte governamental condicionando o anonimato.

Uma outra fonte próxima ao regime angolano defende que a empresa de “Dino” é quem deveria pagar fundos da linha de crédito chinesa que beneficiaram e nunca o Estado a paga-la. “A Kanazuro ao invés de proceder pagamentos ao Estado angolano a titulo de reembolso da linha de credito, vendia a energia elétrica a este que acumulou uma divida de 87 milhões de dólares”, explicou a fonte.

Segundo informações em alguns em Luanda, têm-se levantado suspeições de que o Estado não reivindica os dinheiros que a Kanazuro deve por haver supostamente “alguém importante” no ministério da energia e água que estará ligado a “Dino” acabando por proteger a sua empresa. Uma das sobrinhas do ministro da energia e àgua, Baptista Borges, Cláudia Borges, trabalhava na direção geral da Kanazuro como assistente de Fátima Nascimento, a responsável das finanças e sobrinha de “Dino” Nascimento.

Club-K

 

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