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Eleições: João Lourenço acusa UNITA de receber dinheiro do exterior

Notícias de Angola – Eleições: João Lourenço acusa UNITA de receber dinheiro do exterior

O candidato do MPLA, João Lourenço, lançou hoje em Benguela o mais violento ataque ao líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, acusando-o, sem referir o seu nome, de estar a ser financiado a partir do exterior para defender uma agenda que alheia aos interesses dos angolanos sendo “uma boca de aluguer” de “interesses inconfessos”.

Este é claramente o mais violento ataque lançado por João Lourenço contra Adalberto Costa Júnior, de quem disse estar a “defender interesses de indivíduos que injectam dinheiro aqui a partir de fora” para mudar a vontade dos angolanos.
“Mas esses interesses já estão derrotados, aqueles que alugaram a sua boca (do líder da UNITA) já estão derrotados”, apontou João Lourenço.

“Isso não é ser patriota, é defender os interesses de outros, esse político não defende os interesses de angola e dos angolanos, está a defender uma agenda que lhe foi encomendada por forças externas, ele é um mero executor para defender os interesses alheios dos angolanos, é uma boca de aluguer”, atirou o líder do MPLA
João Lourenço não poupou nas palavras e, ao contrário do que tem sido a arquitectura dos seus discursos de campanha até hoje, onde, por norma, remete para a parte final os “recados” mais rugosos, atirou logo no início com a artilharia pesada, acusado Adalberto Costa Júnior de apelar à desordem social e “incitam a população a desafiar as autoridades”, referindo-se claramente ao apelo da UNITA para que os seus eleitores permaneçam sentados a 500 metros das mesas de voto para defenderem as urnas e os seus votos da “fraude”.

O presidente do MPLA lembrou ainda que Angola está em paz há 20 anos e vai para as suas 5as eleições e, por isso, já não deveria haver “razões para apelos ao civismo, porque as eleições deviam ser uma coisa normal, rotina”, sem sobressaltos cívicos e “encaradas com normalidade”, mas, ressaltou, “isso não é bem assim, a realidade demonstra que não é bem assim”.

“Ainda temos líderes políticos que incitam a população a desafiarem as autoridades, para criar instabilidade e confusão”, disse, referindo-se ao líder da UNITA sem referir o seu nome.

“Não se pode usar o povo como arma de arremesso em defesa dos interesses inconfessos de determinado partido politico, mas é isso que está a acontecer, é isso que se está a passar e todos devemos condenar esse comportamento”, sublinhou ainda João Lourenço.

O candidato do MPLA defendeu que os políticos não podem “descredibilizar as instituições do Estado, porque isso é descredibilizar o próprio Estado, não se pode ter esta atitude, sobretudo para com as instituições do Estado que tem a responsabilidade de organizar as eleições”.

Quando o líder da UNITA “vem a público descredibilizar a CNE ou o Tribunal Constitucional o que pretende? Se achaque não são credíveis, como afirma, porque é que o seu partido concorreu? Seria mais logico não concorrer…”.

“Esses políticos não são patriotas, passam a ideia errada para a comunidade internacional de que as instituições do Estado angolano não são credíveis, que o Estado angolano não é credível…”, apontou.

E, num evidente apelo às igrejas e a sociedade civil, disse que todos querem eleições livres e justas, mas “também querem que sejam pacíficas, que corram bem”, notando que o País está nestes dias a “rezar, a orar” para que as eleições se cumpram sem instabilidade de nenhuma natureza, “em ambiente de paz”.

C/ NJ

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