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Construtora Austríaca VAMED vai faturar 500 milhões de dólares sem concurso público

Notícias de Angola – Construtora Austríaca VAMED vai faturar 500 milhões de dólares sem concurso público

Sediada em Viena, a capital austríaca, a construtora Vamed Engeneering GmbH lidera os ajustes directos em Angola na construção de unidades hospitalares.

Segundo apurado do Lil Pasta News, neste momento a empresa originária do centro da Europa, está por detrás da construção dos hospitais gerais de Cacuaco, Viana (Luanda), Zaire e o Hospital Geral da Catumbela, na província de Benguela.

Os hospitais de Viana e Cacuaco, de acordo com uma resenha legislativa referente ao mês de Dezembro de 2020, apresentada pelo Ministério das Finanças, o Executivo aprovou, através do decreto presidencial nº 180/20 de 18 de Dezembro, um acordo de financiamento com vários bancos pertencentes a um grupo independente de serviços financeiros franco-alemão, nomeadamente os bancos ODDO BHF Aktiengesellschaft, AKA Ausfuhrkredit – Gesellschaft mbH, DZ Bank AG, Deutsche Zentral -Genossenschaftsbank, Frankfurt Am Main e Landesbank Hessen – Thuringen Girozentrale.

Os bancos disponibilizaram o valor global de 337 milhões de euros, dos quais 177 milhões para construção do Hospital Geral de Cacuaco e os restantes 159 milhões euros para a construção da unidade hospitalar de Viana.

Recentemente, o Presidente da República visitou as obras em andamento do futuro Hospital Geral de Viana, não gostou nada do que viu e expressou o seu descontentamento com o progresso da construção.

Bem ao seu jeito, JLO não andou com meias medidas para dizer, de viva-voz, que aquilo está muito mal e que não é assim que se faz quando o dono da obra (o Executivo) faz a sua parte, ou seja, paga a tempo o que tem de ser pago.

E a bomba explodiu. Muito mal na fotografia fica o empreiteiro. Pelo que conhecemos do Presidente João Lourenço, a austríaca VAMED vai pagar por se ter deixado levar pelo canto de sereia de um dos supostos “intermediários”Lourenço Duarte, que já vem de falências sucessivas, como é o caso da Air 26. Há casamentos que vale a pena evitar…

O dono da obra quer que o Hospital Geral de Viana seja uma unidade hospitalar de referência na região, com uma capacidade total de 356 camas, incluindo 34 berços.

A construção da infraestrutura, que teve início em agosto de 2021, está localizada no Distrito Urbano do Zango, no município de Viana, e está actualmente com um progresso financeiro de 86%.

O hospital contará com cinco salas de operação, oito enfermarias de internamento, um centro de diagnóstico centralizado, e uma gama de outros serviços.

Já as obras de construção do Hospital Geral de Cacuaco iniciaram há cerca de dois anos e deverão estar concluídas em breve.

Em construção nas imediações da centralidade de Sequele, terá capacidade também para 300 camas.

Foi projectada para fornecer serviços de oncologia, diálise, quimioterapia, urgência, entre outras especialidades.

As suas obras estão avaliadas em 185 milhões de euros, dos quais 15 por cento financiados pelo Executivo angolano e o restante por um consórcio germânico/austríaco.

O edifício está em construção numa área de 27 mil metros quadrados e contará com parque de estacionamento para cerca de 300 viaturas.

No que toca ao Hospital Regional do Zaíre ,a infraestrutura, avaliada em cerca de 88 milhões de dólares, está localizada na periferia da cidade de Mbanza Kongo e ocupa uma área bruta de construção de 27 mil metros quadrados.

Terá a capacidade de 290 camas e deve contar com quatro salas para cirurgias, seis enfermarias para internamento, sete salas de operações, entre outras valências, devendo prestar serviços em fisioterapia, hemodiálise, imagiologia, cuidados neonatais, pediatria, maternidade e diagnóstico terapêutico, entre outros.

No tocante ao Hospital Geral da Catumbela, as obras ainda não iniciaram, mas as mesmas estão sob responsabilidades da empresa austríaca.

Avaliadas em mais de 50 milhões de dólares, as últimas informações apontam a existência de um braço de-ferro entre o Governo Provincial de Benguela e a empresa SAIFRUTOS detentora do direito de exploração dos 23 hectares de terreno, onde o Governo vai construir a unidade hospitalar.

No global, com a construção das quatro unidades hospitalares de referência, o grupo austríaco que diz contar com uma vasta referência com mais de 1000 unidades de Saúde construídas em todo o mundo, das quais, 150 supostamente no continente africano, vai faturar cerca de 500 milhões de dólares, sem concurso público.

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