Mundo – Alemanha estuda eficácia da Covid-Organics de Madagáscar
Cientistas do Instituto Max Planck, em Potsdam,na Alemanha, tentam atualmente verificar, se os extratos da artemísia, planta usada na fabricação da Covid-Organics, podem ser utilizados para combater o novo coronavírus.
Segundo o coordenador do estudo, Peter Seeberger, anualmente mais de 300 milhões de pacientes tomam medicamentos à base de artemisinina.
O seu efeito benéfico potencial não se limita à malária. “O princípio ativo também foi testado com bastante sucesso contra outras doenças”, explica o químico. Por exemplo, há relatos de que a artemisinina é eficaz contra o primeiro coronavírus SRA-CoV.
O grupo de cientistas alemães e dinamarqueses não sabe ainda se a substância pode ser utilizada preventivamente ou como agente terapêutico. “Estamos a fazer investigação nos dois sentidos”, confirma Seeberger, que conta com resultados até ao final de maio.
Caso a artemisinina se revele eficaz, seguir-se-ão ensaios clínicos com seres humanos.
Mas mesmo que o estudo chegue à conclusão de que a artemisina nada pode contra a Covid-19, a investigação não terá sido em vão, diz Seeberger: “Sobretudo porque traria uma resposta clara”. Quando o Presidente Rajoelina quando apresentou o “Covid Organics” referiu-se a experiências realizadas por cientistas malgaxes.
No entanto, estes não foram capazes de fornecer provas convincentes da eficácia do remédio.
Numa entrevista com a DW, o diretor do Instituto de Investigação Malgaxe IMRA, Charles Andrianjara, mencionou vagamente terem sido efetuados “testes em algumas pessoas” e refere os muitos anos de experiência com a substância, que não produz efeitos secundários conhecidos. Contudo, o investigador não refere nenhum estudo científico.
C/ DW