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Pagamento de dívida custa 185 mil Kz a cada angolano

Notícias de Angola – Em Angola, Pagamento de dívida custa 185 mil Kz a cada angolano

Encargos com o pagamento de juros, comissões e com amortização baixam 8% face ao ano passado. Finais de trimestre são os mais pesados no pagamento de dívida externa.

Pagamento de dívida custa 185 mil Kz a cada angolano
Pagamento de dívida custa 185 mil Kz a cada angolano

O Informativo Angolano soube que, o Estado prevê ter encargos com o pagamento de dívida pública na ordem dos 5,201 biliões Kz em 2019, menos 8,2% face a 2018, segundo o Plano Anual de Endividamento (PAE) para este ano. Contas feitas, o pagamento de juros, amortizações e comissões previstas custam este ano, a cada um dos 28 milhões de angolanos, cerca de 185,8 mil Kz, um pouco menos do que os 202,3 mil Kz de 2018.

Segundo o documento, o serviço da dívida governamental totalizará, em 2019, cerca de 5,201 biliões Kz (ver quadros nestas páginas), dos quais cerca de 39% corresponderão a dívida interna (2,044 biliões Kz, ou 5,81 mil milhões USD) e 61% a divida externa (3,156 biliões Kz), percentagens que constituem uma inversão relativamente ao verificado no PAE 2018.

 

No ano passado, o serviço de dívida governamental (que exclui o passivo de empresas públicas como a Sonangol, a TAAG ou a Endiama, por exemplo) estimado no PAE totalizou 5,665 biliões Kz, dos quais cerca de 65% em dívida interna (3,705 biliões Kz) e 35% em divida externa (1,959 biliões Kz).

A inversão – ou seja, o aumento dos encargos com dívida externa face à interna, em 2019 – tem a haver, nomeadamente, com os encargos associados às emissões de eurobonds (ver página 36 e de dívida à China.

Dentro de portas, o maior esforço de pagamento estará nas Obrigações do Tesouro (OT), que representam 65% do total de serviço interno, sendo que os meses com maior volume de pagamentos serão Junho e Dezembro, com cerca de 250 mil milhões e 313 mil milhões Kz, respectivamente (ver gráficos nestas páginas).

Já em termos de emissões de OT previstas, a maior concentração ocorre nos meses de Março (179,85 mil milhões Kz), Junho 180,49 (mil milhões Kz) e Agosto (151,55 mil milhões Kz), sendo que a esmagadora maioria das emissões (83%) será não reajustável, ou seja, em kwanzas.

Quanto às emissões de Bilhetes do Tesouro (BT), marcadas por terem prazos mais curtos, os maiores volumes deverão ocorrer neste mês (52,21 mil milhões Kz), em Março (49,19 mil milhões Kz) e, sobretudo, em Dezembro 85,53 (mil milhões Kz). Em termos de perfil de emissões de BT, a maior parte (46%) será a 364 dias.

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Fonte: Jornal Mercado

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