Notícias de Angola – Restaurante do McDonald’s na China proíbe entrada de africanos devido ao covid-19
Um video que circula nas redes sociais causou indignação ao mostrar um aviso que estava sendo exibido em um restaurante da rede McDonald’s na cidade de Guangzhou, na China, o qual dizia que “os africanos não estavam autorizadas a entrar no restaurante” devido ao novo coronavírus.
Nesta cidade do sul da China, africanos estão sendo discriminados por terem sido associados a casos de Covid-19, segundo relatos da imprensa internacional e das autoridades de países africanos.
Alguns foram despejados de suas casas e sequer conseguiram um quarto de hotel para dormir. A tensão racial colocou a China em uma situação diplomática delicada com vários países da África.
Segundo a BBC e a AFP, o McDonald’s na China pediu desculpas e disse que fechou a unidade temporariamente. A proibição da entrada de pessoas negras no estabelecimento “não é representativa de nossos
valores de inclusão”, alegou a empresa. “Como parte do fechamento temporário deste restaurante, aproveitaremos a oportunidade para educar gerentes e funcionários sobre nossos valores, o que inclui servir a todos os membros das comunidades em que operamos”, diz a nota do McDonald’s na China, que pertence majoritariamente a três empresas chinesas desde 2017.
No sábado 11, a Embaixada dos Estados Unidos na China alertou que “a polícia [chinesa] ordenou que bares e restaurantes não atendessem clientes que parecem ser de origem africana” e que as autoridades locais
estariam obrigando a realização de testes para Covid-19 e autoisolamento para qualquer pessoa com contatos africanos”.
Os EUA disseram também, em uma declaração intitulada “Discriminação contra
afro-americanos em Guangzhou” , que “afro-americanos relataram que algumas empresas e hotéis se recusam a fazer negócios com eles”.
Mais de 13 mil africanos vivem em Guangzhou, mas menos da metade permaneceu lá depois que a epidemia de coronavírus teve início, segundo autoridades da cidade. Entre os que caram, cerca de 4.600 foram testados para o coronavírus depois que cinco nigerianos ligados a um restaurante de Guangzhou foram diagnosticados com a doença.
Deste total, 111 testaram positivo para novo coronavírus
C/ GP