Mundo – OMS admite que notas de dinheiro podem ser um meio de transmissão do coronavírus
O Informativo Angolano soube que, a China e Coreia do Sul têm estado a desinfetar notas de dinheiro, por receio de que o vírus ( coronavírus) possa sobreviver na superfície. OMS não exclui hipótese e aconselha uso de tecnologia contactless nos pagamentos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha afirmado, na sua secção de perguntas e respostas sobre o Covid-19, que não havia certezas sobre o comportamento do vírus em contacto com diversas superfícies.
Agora, na noite de segunda-feira, confirmou ao Daily Telegraph uma possibilidade concreta: a OMS não exclui a hipótese de que o vírus se propague através de dinheiro vivo, em particular notas bancárias, razão pela qual pede às pessoas que lavem as mãos quando o utilizam.
Sabemos que o dinheiro muda de mãos frequentemente e pode apanhar todo o tipo de bactérias e vírus”, afirmou um porta-voz da OMS ao jornal. “Aconselhamos às pessoas que lavem as mãos depois de mexer em notas e que evitem tocar na cara.” A Organização deixa ainda uma recomendação final: “Sempre que possível, é aconselhável que se utilize pagamentos contacless, para reduzir o risco de transmissão.
Na China e na Coreia do Sul, países onde a epidemia já matou no total quase três mil pessoas, os bancos já estão a adotar medidas para desinfetar as notas bancárias. O Banco Central da China confirmou em meados de fevereiro que os bancos do país estão a fazer essa limpeza, guardando e selando depois as notas entre 7 a 14 dias (tempo médio de incubação do vírus) antes de as voltar a introduzir em circulação.
A confirmação ao Telegraph surgiu depois de o Banco de Inglaterra ter relembrado na noite de domingo que as notas podem “transportar bactérias e vírus”. Contudo, contactada pelo diário britânico, uma fonte do Banco garantiu não haver planos para aplicar no Reino Unido um sistema de desinfeção semelhante ao chinês. “O risco [de contágio] ao tocar numa nota de polímero não é maior do que o de tocar em qualquer outra superfície comum, como corrimões, maçanetas ou cartões de crédito”, acrescentou a mesma fonte.
A dúvida surge porque, como explica a própria OMS, há ainda muitas incertezas por parte da comunidade científica em torno do Covid-19, não havendo ainda certezas absolutas sobre a forma de contágio e sobre quanto tempo pode este coronavírus sobreviver fora do corpo humano.
C/ Observador