Notícias de Angola – PR João Lourenço dá ‘cartão vermelho’ à Vamed, construtora do Hospital Geral de Viana e Cacuaco, devido ao baixo grau de execução das obras
O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, manifestou-se, há dias, “insatisfeito”, com os atrasos e baixo grau de execução das obras do hospital de Viana, lembrando aos gestores da empresa contratada pelo Estado angolano que os termos são para ser respeitados.
O PR João Lourenço fez estas declarações quando, no dia 9 de Setembro, respondia a jornalistas, após visitas às obras de construção do hospital geral de Viana, altura em que, agastado com o atraso e o baixo nível de execução da empreitada, chamou atenção para a observância dos encargos.
“Eu esperava encontrar a obra de Viana num estado de execução mais avançado, daí ter saído preocupado porque nós temos metas bem definidas, prazos por cumprir e um fiscal que nos cobra, que são os angolanos. Por esta razão, temos de exigir o mesmo dos empreiteiros, que também se devem preocupar com a necessidade da execução das empreitadas nos prazos previstos nos contratos”, criticou Lourenço, dirigindo-se aos gestores da companhia austríaca de construção civil e manutenção hospitalar.
De acordo com o Titular do Poder Executivo, que reiteradamente se dirigiu aos donos da Vamed, os contratos são negociados, aprovados e devem ser cumpridos, salvo, sublinhou João Lourenço, “por razões de força maior, em que exista situações que se dá algum período de tolerância”.
Apesar de ser uma empresa conhecida na ‘indústria’ mundial da Saúde, sobre a empresa VAMED, está que é responsável pela implementação das duas unidades hospitalares visitadas recentemente por João Lourenço, pouco ou nada se sabe das suas operações no país.
A única referência, ao nível interno, disponível na internet sobre a Vamed data de 7 de Maio de 2022 e diz respeito às obras aprovadas recentemente por Decreto presidencial. Trata-se, aliás, deste mesmo hospital que Lourenço e a sua equipe do governação visitou, há uma semana, o Hospital Geral de três andares, que se está a construir de raiz, e com previsão de uma capacidade para 322 camas, sendo 272 para internamento.
Na prática, esta empresa é ‘estranha’, como lhe caracterizou um analista, aos olhos dos observadores da política doméstica. A sua entrada no mercado de construção foi, por assim dizer, através destas duas obras.
Fonte: Primeira Página