Atualidade – Sol artificial da Coreia do Sul funcionou a 100 milhões de graus em novo tempo recorde
Em um avanço notável no campo da fusão nuclear, o sol artificial experimental da Coreia do Sul, conhecido como Reator Avançado de Tokamak Supercondutor da Coreia (KSTAR), alcançou uma conquista inovadora. Cientistas que trabalham no KSTAR conseguiram aquecer um loop de plasma a impressionantes 100 milhões de graus Celsius e manter essa temperatura extrema por uma duração impressionante de 48 segundos.
Essa conquista supera o recorde anterior de 31 segundos, também estabelecido pelo KSTAR em 2021, marcando um avanço significativo na pesquisa de fusão.
A fusão nuclear, o processo que alimenta as estrelas, incluindo nosso sol, tem sido objeto de pesquisa científica há mais de 70 anos. O objetivo é imitar as condições no núcleo das estrelas, onde átomos de hidrogênio se fundem para formar hélio, liberando enormes quantidades de energia. Esse processo é atraente como uma fonte de energia potencial porque pode gerar grandes quantidades de energia sem emitir gases de efeito estufa ou produzir resíduos radioativos de longa duração.
O conceito de fusão nuclear é simples em teoria, mas incrivelmente desafiador de alcançar na prática. A fusão requer condições de temperatura e pressão extremamente altas, muito além do que é encontrado naturalmente na Terra. Por exemplo, o núcleo do sol atinge temperaturas de cerca de 15 milhões de graus Celsius com pressões imensas. Para alcançar a fusão em laboratório, as temperaturas devem ser ainda mais altas devido às pressões significativamente mais baixas que podem ser alcançadas realisticamente.