Três Ex-ministros sudaneses testam positivo para a covid-19 na prisão

Pelo menos Ex-ministros sudaneses presos, do regime derrubado do ex-líder sudanês Omar al-Bashir testaram positivo para o novo coronavírus, segundo anúncio feito pelo o Ministério Público daquele país na última quarta-feira.

O país da África árabe, que registrou 4.146 casos de coronavírus e 184 mortes, libertou mais de 4.000 prisioneiros em março como precaução contra a propagação da doença nas prisões.

Mas sensibilidades políticas significam que todos os presos por ofensas cometidas como parte do governo dirigido pelo veterano islamista, que foi deposto em uma revolta há um ano, permanecem sob custódia.

Eles incluem Ahmed Haroun e Abdel Raheem Muhammad Hussein, ambos procurados pelo Tribunal Penal Internacional ( TPI ) por supostos crimes na região de Darfur, no Sudão, e que o Ministério Público disse ter testado positivo para o coronavírus.

Haroun era assessor sênior de Bashir, enquanto Hussein atuava como ministro da Defesa e do Interior. Ali Osman Taha, ex-vice-presidente, também foi infectado, informou o comunicado.

Todos os três estão sob quarentena de saúde nos hospitais de Cartum, disse o comunicado.

Bashir, vários políticos próximos a ele e membros de sua família, foram detidos após o levante sob várias acusações, incluindo corrupção e violência.

Os testes do COVID -19 em dois outros detidos, incluindo Ali al-Bashir, irmão do ex-presidente, ficaram negativos, apesar de terem sido colocados em quarentena como medida de precaução.

Os resultados dos testes ainda são aguardados em outros dois casos suspeitos, informou o Ministério Público, acrescentando que todos os outros membros detidos do antigo regime se recusaram a fazer o teste de coronavírus.

Este mês, o Sudão, que tem um sistema de saúde precário, estendeu o bloqueio do estado de Cartum em duas semanas para retardar a propagação do vírus.
AFP