África – Muito cedo para reabrir escolas na África do Sul – sindicatos de professores
O governo sul-africano está enfrentando críticas por seus planos de reabrir escolas. Os centros de aprendizado serão abertos quando o país diminuir seu bloqueio do nível quatro para o nível três de um sistema de cinco níveis no final de maio.
Os principais sindicatos de professores do país descrevem o plano como uma abordagem “irracional e arbitrária” do tamanho único, de acordo com a mídia local.
A Associação Nacional de Pais em Governança Escolar expressou preocupação de que a reabertura de escolas coloque a vida de alunos, professores e suas famílias em risco de infecção.
Eles acusam o ministro da Educação de não considerar as diferenças geográficas, econômicas e históricas.
A associação entrou com um pedido judicial para se opor aos regulamentos de bloqueio.
A África do Sul tem mais de 20.000 casos confirmados de COVID -19 após mais de 540.000 testes.
África supera marca de 100 mil casos do novo coronavírus
O continente africano superou sexta-feira a marca de 100 mil casos do novo coronavírus e 3 mil mortes, embora apenas seis países (África do Sul, Egipto, Argélia, Marrocos, Nigéria e Gana) tenham mais de 5 mil infectados.
Na sexta-feira havia 100.114 casos registados no continente, dos quais 38.599 pacientes recuperados, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, especializados nessa estatística.
África precisou de 15 dias para dobrar seus números – uma taxa de crescimento menor que a observada em outras regiões – e possui 3.077 mortes e uma taxa de letalidade de 3,1 por cento até o momento, reporta a agência EFE.
O país mais afectado pela pandemia da Covid-19 é a África do Sul, com 19.137 casos, 369 mortes e 8.950 pacientes com alta, e as projecções de suas autoridades de saúde anteciparam sexta-feira que, no cenário mais pessimista, o coronavírus deixará quase 50 mil vítimas e 3,6 milhões de infectados até o mês de Novembro.
O Egipto é o segundo país com mais casos, mas tem o maior número de óbitos na África (15.003 positivos e 696 mortos).
Os números relativos à África, embora continuem subindo, ainda estão longe do caos sofrido por muitos países da Europa, embora a OMS continue recomendando cautela e respeito pelas medidas de saúde.
A rápida reacção da maioria dos países do continente – ciente de seus sistemas de saúde vulneráveis – foi motivo de elogios internacionais.
A OMS estima que entre 83 mil e 190 mil africanos poderiam morrer por Covid-19 e até 44 milhões poderiam ser infectados em todo o continente se as medidas de contenção de pandemia falharem.
C/ AN/ JNM