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Empréstimo de 13 milhões de dólares leva PCE do BAI à prestar declarações na PGR

Notícias de Angola – Empréstimo de 13 milhões de dólares leva PCE do BAI à prestar declarações na PGR

PCE

A Procuradoria-Geral da República de Angola (PGR), notificou o Presidente do Conselho de Administração do Banco Angolano de Investimento (BAI), Luís Filipe Rodrigues Lélis, no dia 15 do mês em curso, para num espaço de 72 horas fornecer os dados sobre a documentação que permitiu o empréstimo bancário concedido a empresa Kaheel Farming Services Angola, do empresário eritreu Isayas Desale Berhe, nacionalizado na Antígua e Barbuda, de 47 anos de idade, actualmente a residir em Angola, mas com residência fixa no Dubai.

Com o número de processo 38372/2025-LDA, expediente número 6404-2025-DCCO enviado ao BAI, o caso foi denunciado pelo portal Na Mira do Crime.

Dados apurados pelo Na Mira do Crime, atestam que o empresário começou a circular centenas de milhões de kwanzas (do BAI-DIRECT) em várias contas, através do banco BAI.

No documento enviado ao BAI no dia 15, a PGR obriga ainda o referido banco a fornecer extracto bancário da conta da referida empresa, desde o mês de Janeiro até a data de entrada do documento.
As autoridades angolanas, investigam ainda as transações financeiras do empresário eritreu, suspeito, em contas que pertencem ao mesmo, que depois são supostamente enviadas para uma carteira de criptomoedas.

Aliás, esta metodologia de branqueamento de capitais é usada por muitos empresários estrangeiros em Angola, que em outras vezes retiram os valores do país por via manual, usando mulas.
Recentemente, o suspeito movimentou 188 milhões de Kwanzas, de uma só sentada, para a conta de uma outra empresa.

Segundo a fonte, após o empréstimo concedido ao referido empresário, que rondam cerca de 13 milhões de dólares norte-americanos, para um suposto investimento num projecto agrícola, em nome da empresa Kaheel Agriculture Machinery LDA, o dinheiro foi distribuído em várias contas, domiciliadas em vários bancos.

Para além do crédito do Banco BAI, o mesmo tem recebido avultadas somas de dinheiro nas suas contas, principalmente por via da conta da empresa Kaheel Agriculture Machinery LDA.

Com pouco de tempo de operação no país, ressalta ainda o facto de, em pouco tempo, ser privilegiado em 2024 com um crédito acima de 13 milhões de dólares, que até ao momento, segundo apurado, nada ainda foi reembolsado.

AGT e órgãos de defesa e segurança investigam a empresa

Dados apurados dão conta que a Administração Geral Tributária (AGT), recepcionou uma denúncia sobre o caso, que está sob o n° TBMD86, sobre as empresas do visado, relativamente a emissão de supostas facturas falsas, que não condizem com a realidade financeira da empresa, sendo que, o mesmo terá ainda contraído dívidas com supostos fornecedores angolanos e trabalhadores, que o terão levado a sair do hotel EPIC SANA onde estava alojado, e mudar-se para um condomínio algures no município de Talatona.

Os órgãos de defesa e segurança também já estão no encalço do cidadão, e tudo fazem para apurar o seu envolvimento em crimes cometidos em território nacional.
As autoridades investigam ainda a possível venda dos seus bens no país, com maior realce para as que se encontram no município de Viana, em Luanda, e terras na província do Uíge, que podiam ser usadas como meio para obtenção de mais créditos bancários.

Na Mira do Crime

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