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Efectivos do SIC colocados na Unidade do Alfa 5 acusados de usar lojas como fonte de receitas

Notícias de Angola – Efectivos do SIC colocados na Unidade do Alfa 5 acusados de usar lojas como fonte de receitas

Daniel João (nome fictício), de 31 anos de idade, panificador, localizado no mercado do Malueca, município de Cacuaco, acusa efectivos da Investigação Criminal, colocados na Unidade do Alfa 5, de usarem as lojas das imediações como “multicaixas particulares”.

De acordo com o comerciante, agentes do SIC da Esquadra do Alfa 5 que funciona dentro do mercado, usam as lojas como fonte de rendimentos.  “Só este ano, já perdi cerca de um milhão de Kwanzas nas mão dos agentes do SIC”, acusa.

Disse ainda que, normalmente, aparecem em grupos de cinco efectivos cada, todos armados com pistolas, das 11 às 17 horas e garante que são bem conhecidos.

Informou que cada vez que passam, “arranjam sempre artimanhas para extorquir dinheiro”.

“Só num dia, levaram-me os únicos 40 mil kwanzas que tinha; um deles fez questão de dirigir-se ao caixa e recolher o dinheiro todo; até moedas levaram”, denunciou, precisando que como não bastasse, levaram também bolos e pães.

De acordo com os comerciantes, os efectivos do SIC envolvidos nessa prática alegam que os comerciantes em causa exercem a sua actividade de forma ilegal e que caso não dessem dinheiro, diariamente, seriam presos.

“E dizem—nos que se formos presos, pagaríamos mais caro”, relata.

“Eu, por exemplo, tenho a documentação totalmente legalizada pelas instituições afins”, afirma. “Eles só vêm para ameaçar”.

Outro comerciante, que pediu anonimato, revelou que quando esses efectivos chegam nos armazéns “nem solicitam a documentação para aferir a sua autenticidade”.

“Quando tentamos reagir, eles ameaçam—nos com tiros, afugentando os clientes”, precisou, informando que já pensa fechar o seu estabelecimento comercial. Daniel revelou que os efectivos não os deixam falar.

“Tudo o que nos obrigam fazer, temos de cumprir sob pena de apanharmos bofetadas e cronhadas de armas”, disse, referindo que não são apenas os comerciantes de lojas e armazéns que sofrem”; eles “farejam” tudo, desde que haja dinheiro.

Os comerciantes apelam as autoridades policiais e judiciárias para ajudarem a resolver essa situação.

Fonte: Na Mira Do Crime

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