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INAMET: probabilidades do ciclone Idai em Angola são reduzidas

O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET) garantiu hoje em Luanda que as probabilidades da passagem do ciclone Idai em Angola são reduzidas, desmentido assim as informações postas a circular nas redes sociais, dando conta da aproximação desse fenómeno natural a Angola.

ciclone idai em angola são reduzidas
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Nas várias plataformas digitais, com maior frequência no Facebook e Whatssap, veiculam-se, desde a tarde desta quinta-feira, notícias sobre a um alegado ciclone observado no norte da vizinha República da Namíbia, que pode eventualmente atingir a província do Cunene. O INAMET a esclarece que a circulação ciclónica vista no referido ponto da Namíbia deu-se a uma latitude de onze mil metros (250 hpa ou hectopascal – unidade utilizada para a medição da pressão atmosférica).

Segundo Angop já a profundidade deste fenómeno natural foi vista até a altitude de cinco mil e 570 metros (500 hpa). Nesta conformidade, o instituto informa que o centro do ciclone está localizado na latitude 21,18 graus S e a longitude é 14,16 graus E, estando, pois, a circulação ciclónica mais intensa em altos níveis, vindo a diminuir de intensidade em médios e baixos níveis, próximo à superfície terrestre.

“O INAMET está a monitorar o fenómeno, pelo que aproveita para informar e tranquilizar a população no sentido de se manter calma e serena, visto que a probabilidade de haver qualquer evento extremo em Angola é, por enquanto, bastante reduzida” – refere a nota.

A mesma acrescenta que, qualquer evolução, essa entidade actualizará a informação em tempo oportuno.

A República de Moçambique (situada no sudeste do continente africano) foi devastada, no dia 4 do corrente mês, pelo “ciclone Idai”, que chegou a atingir também o leste do Zimbabwe, onde provocou a morte, até ao dia 17, de 30 cidadãos e o desaparecimento de dezenas.

Para quem não sabe, ciclone é uma região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo chuvoso e nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvens cumuliformes associadas a cargas de água.

Os ciclones são indicados nos mapas meteorológicos pela letra «B» e são locais onde a pressão atmosférica é a mais baixa na sua vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de circulação de ar.

À medida que, pela acção do diferencial de pressões, o ar flui dos centros de altas pressões para um centro de baixas pressões é deflectido pela força de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em espiral, isto é, no sentido anti-horário no Hemisfério Norte e no sentido horário no Hemisfério Sul. Na meteorologia, os movimentos de ar resultantes de um centro de altas pressões são denominados anticiclones.

O sentido de giro de um ciclone e de um anticiclone é o contrário para um mesmo hemisfério, sendo este determinado pela aceleração de Coriolis.

 

Fonte: Jornal de Angola

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