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Caso Edna Bessa: Namorado que atropelou mortalmente ex-modelo começou a ser julgado

Notícias de Angola – Caso Edna Bessa: Namorado que atropelou mortalmente ex-modelo começou a ser julgado

Teve início na manhã de quinta-feira, 21, o julgamento de Abel Fernandes João, de 59 anos de idade, ex-namorado da ex- modelo, Edna Bessa, 27 anos, acusado de ter atropelado mortalmente a jovem, na noite do dia 23 de Julho de 2020, no bairro Morro Bento, Distrito Urbano da Samba, município de Luanda, depois de um desentendimento.

No primeiro dia de julgamento, foram ouvidos todos os elementos previstos, com excepção de dois declarantes, entre os quais João de Brito, pessoa que se presume ser o motivo do desentendimento que levou ao incidente que teve como desfecho a morte da ex-modelo.

O arguido, Abel Fernandes João, durante interrogatório, disse que não viu a namorada que teria segurado o manípulo da porta da frente da sua viatura, e quando arrancou, já a jovem estava no chão maltratada. O acusado diz que arrancou a viatura sem ter atingido 30 km/h e que a namorada terá segurado o manípulo depois deste já estar no interior da viatura.

Questionado se saiu no mesmo momento em que deu conta do incidente, respondeu que sim, facto desmentido por vizinhos que acompanharam tudo, sendo que, dizem, o senhor já estava a alguns metros da malograda e só saiu depois de interpelado pelos mesmos, e ainda dizia que não conhecia a namorada.

O Caso

Edna Bessa foi atropelada por volta das 23 horas do dia acima referido, depois de uma discussão com o ex-namorado, 59 anos, alegadamente por motivos passionais, segundo Elsa Carina, sua irmã.

A convicção da irmã de que a morte esteja relacionada com questões passionais “tem a ver com o facto de o ex-namorado ser um homem muito possessivo e ciumento, chegando, algumas vezes, a usar agressão física contra a malograda”.

Elsa Carina, que era amiga e conselheira da irmã, disse que, devido às constantes cenas de ciúme, chegou a aconselhá-la a deixar o namorado, que desconfiava da afectividade da mesma, a ponto de proibi-la de manter contacto com familiares, colegas de escola e amigos.

Informou que a irmã vivia numa casa arrendada onde o mesmo ex-namorado se dirigiu por volta das 22 horas, no sentido de conversar com a malograda. Esta recebeu-o vestida de roupão. Seguiram-se, depois, um desentendimento e discussão.

Milton Costa, tio de Edna Bessa, disse que o atropelamento ocorreu a 50 metros de distância de casa, um facto que, adiantou, foi testemunhado por alguns vizinhos. O tio disse que um dos vizinhos explicou à família que, depois do atropelamento, o ex-namorado parou o carro e outro dos vizinhos o alertou da ex-namorada estatelada no chão, tendo o mesmo respondido que não a conhecia.

“O senhor desceu do carro, chamou pelo nome da Edna e os vizinhos, diante disso, interrogaram-no se não a conhecia como é que estava a chamar pelo nome”, explicou o tio, acrescentando que foram dois vizinhos que colocaram a malograda no carro do mesmo exnamorado e se dirigiram até à Clínica Multiperfil. Milton Costa disse que foi informado pelo director clínico da Multiperfil, na manhã de segunda-feira, que Edna Bessa já chegou àquela unidade hospitalar sem vida. O julgamento prossegue em Maio para leitura dos quesitos.

C/RNA-JÁ

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