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BCI admite perdoar até 10 milhões Kz a funcionários na “mira” do despedimento

Notícias de Angola – BCI admite perdoar até 10 milhões Kz a funcionários na “mira” do despedimento

Na sequência da propalada informação de despedimento em massa no Banco de Comércio Indústria (BCI), antiga propriedade do Estado, o conselho de administração da instituição garante que os colaboradores que estão abrangidos pela medida terão até 10 milhões de kwanzas de dívidas de crédito perdoadas, revelou ao Expansão o presidente do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA), Filipe Makengo.

Esta medida surge após o banco ter anunciado que iria iniciar um processo de redimensionamento ou reestruturação, que inclui o encerramento de agências e redução do pessoal. “Os benefícios ou compensações que o banco está oferecer aos trabalhadores são insignificantes e não dignificam os cidadãos”, contestou Makengo.

Após a compra da instituição pelo Grupo Carrinho, a administração do BCI pôs em marcha o processo de redimensionamento do banco. Para já, devem deixar a instituição um número acima de 30 colaboradores num processo de mutuo acordo, revelou. Segundo Makengo, do grupo abrangido, grande parte ocupava cargos de responsabilidade na instituição, o que faz crer ao responsável do SNEBA que o “perdão” anunciado pela administração do banco não satisfaz, já que, como explicou, a dívida deste grupo poderá estar acima do tecto dado pela administração do banco.

“Para além do que a lei prevê, o SNEBA entende que haja pes[1]soas com valores de dívidas altos. Entendemos que o perdão deve estar acima desse montante e as compensações acima do que a lei prevê”, avançou o líder sindical. Para fazer face ao que considera “benefícios insignificantes”, o sindicato tem previsto negociações com o Ministério das Finanças, anterior detentor maioritário do banco, para equilibrar as compensações.

“O SNEBA não tem qualquer relação com o Grupo Carrinho. Fora da Comissão Executiva, o sindicato pode procurar o MinFin, entidade que sempre tutelou o banco como principal accionista e que o alienou à entidade privada, que, no entender do sindicato, tinha o dever moral e patriótico , de conceber um pacote de compensações condignos”, avançou.

Até ao momento, nenhum trbalhador ainda foi afastado no quadro dos das medidas anunciadas pela administração, mas de acordo com um e-mail a que o Expansão teve acesso, a equipa de recursos humanos do banco explica que “o BCI encontra-se numa fase particularmente difícil da sua existência”, estando “num momento em que somos obrigados a rever a dimensão da nossa estrutura e a forma como trabalhamos, através da diminuição de custos com infraestruturas, contratos, fornecedores e, por fim, o nosso capital humano”.

E acrescenta: “Face ao exposto, está neste momento disponível um programa de rescisão de mútuo acordo, do qual qualquer colaborador poderá fazer parte, Disponibilizamos um pacote de compensação que vai desde o fecho de contas, compensação por anos de casa, seguro de saúde, mnutenção das taxas de juro bonificadas dos colaboradores do BCI ou mesmo liquidação parcial ou total dos créditos em vigor no banco”.

Até 31 de Dezembro de 2021, o banco tinha um total de 1.306 colaboradores, menos 42 profissionais do que em 2020. O sindicato receia que o número de profissionais a dispensar possa ser superior ao anunciado.

Fonte: Expansão

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