Urgente – Aumento dos preços dos produtos da cesta básica aceleraram após às eleições
Numa ronda efectuada pelo Novo Jornal foi possível verificar que nos mercados do Palanca, Avó Kumbi, Correio (Kilamba Kiaxi), Estalagem (Viana) e nos Congolenses, foi possível verificar que os preços da generalidade dos produtos das cesta básica têm vindo a acelerar, especialmente desde 24 de Agosto, dia das eleições gerais.
O saco de farinha de milho de 25kg, que antes era vendido, em média, tal como os restantes valores mencionados nesta reportagem, a 6.500 kz, está a custar 7.200 kwanzas, o saco de arroz de 25kg, que era comercializado a 6.300 kz, passou para entre 7.500 a 8.500 kz, enquanto a caixa de massa alimentar era vendida a 3.000 kz e agora está a custar 3.300 kz.
Já a caixa de óleo vegetal de 12 litros era comercializada a 6.500 kz, agora está a custar 6.750 kz, enquanto o bidão de 25 litros está no valor de 22.000 kz e antes custava 21.000, o de 20 litros está a 18.200 kz, antes 17.800 kz e o de cinco litros estão a vendê-lo a 4.800 kz, anteriormente 4.500 kz.
E o saco de feijão de 50kg está no valor de 17.800 kz, já foi vendido a 16.500, o saco de farinha de trigo está a custar 16.500 anteriormente era 14.500, a saco de açúcar de 50kg estão a comercializar a 19.400 antes 18.900, e o cartão de ovos a 2.900kz antes 1.800 kz.
Quanto aos produtos congelados, a caixa de coxa de frango de 10kg, que antes custava entre 6.000 a 7.000 kz, agora está a custar 9.000 mil kwanzas, a caixa de carapau, que custava 27.000kz, agora está no valor de 30.000 kz o pescoço de porco de 10kg que antes vendiam a 7.000 kz, agora não sai por menos de 9.500 kz.
A caixa de moelas de 12kg está a custar 9.700 kz antes conseguia-se comprar por 8.500 kz, a mortadela de 10kg passou para 9.500, antes um cliente levava para acaso a 9.000 kz, o peito de frango de 2kg que era 3.000 kz agora está a custar 3.900 e a caixa de pata de frango (patinha) “voou” de 4.500 kz para 5.600 kz.
Tendo em conta a subida dos preços dos produtos da cesta básica, muitos são os consumidores que optam pela prática de sociedade (sócia) entre duas ou três pessoas, para diversificar os produtos alimentares em suas despensas e reduzir os gastos.
E alguns consumidores com renda muito baixa, preferem comprar os alimentos a retalho, nos mercados informais, embora isso permita adquirir menos quantidade, logo menos valor pago, mas que, na realidade, obriga a pagar mais por unidade.
Por exemplo, três coxas de frango, nas senhoras do mercado custam 1.000 kz, uma porção de frango de 1kg sai a 2000 kz e de galinha rija a 1.500, cinco quilogramas de fígado a 5000kz, quatro carapaus valem 1.000kz e uma porção de mortadela a 1.000k.
Ainda se vende um quilograma de fuba de milho a 300 kz, antes custava apenas 250 kz e de mandioca (bombom) a 150 kz, a farinha de trigo está a custar 400 kz por quilograma e anteriormente custava 300 kz, 1kg de arroz subiu para 350 antes não passava dos 300 kz , o de açúcar disparou de 400 kz para 500 kz, o de feijão estão a comercializá-lo a 750 kg, quando antes estava nos 500 kz, um litro de óleo vegetal 1.000 kz quando antes era 900 kz e meio cartão de ovo está a sair a 1.450 kz, anteriormente 900 kz.
Falando ao Novo Jornal sobre as subidas dos preços dos produtos da cesta básica, no Mercado do Avô Kumbi, Luzia Ernesto, de 35 anos, dona de casa, disse que no mês de Agosto os alimentos estavam mais acessíveis mas neste mês de Setembro “está a entrar mal” porque há uma clara alteração nos preços.
“As coisas este mês foram alteradas, no mês passado estes alimentos estavam mais acessíveis, não sei como será daqui em diante”, disse.
Já o jovem Domingos Máquinas, trabalhador de um dos armazéns de frescos do mercado dos Congolenses, afirmou que desde segunda-feira, os produtos congelados já não têm preços fixos e estão a subir todos os dias. “Desde segunda-feira as coisas estão a subir, cada dia que nasce os preços aumentam”, afirmou.
E a dona Marta Eduardo, de 40 anos, vendedora do mercado da Estalagem, lamentou que nos próximos dias as coisas serão muito difíceis para as famílias angolanas, “pelo que se está a ver já nestes primeiros dias após as eleições”. “Estamos a notar que dentro dos próximos dias a tendência vai ser aumentar os preços dos produtos e vamos ter dias mais difíceis”, lamentou.
“O Estado angolano tem de fazer alguma coisa pelo povo, porque a alimentação é a nossa necessidade mais básica”, acrescentou. No entanto, estes preços, verificados agora pelo Novo Jornal, estão, ainda assim, bastante longe dos que se observavam, por exemplo, há seis meses, onde o saco de arroz de 25kg chegou a ultrapassar os 20 mil kwanzas.
Fonte: Novo Jornal