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Problema de saúde força transferência de São Vicente

Destaque – Problema de saúde força transferência de São Vicente

Carlos Manuel de São Vicente foi transferido, na semana passada, para o Hospital Prisão de São Paulo (HPSP), em Luanda, em função do seu estado de saúde que requer atenção acrescida (diabetes e hipertensão). As autoridades prisionais viram-se obrigadas a marcarem-lhe uma consulta externa para ser assistido por um especialista na Clínica Girassol.

Na mesma situação, está Ernesto Fernando Kiteculo, antigo governador da Lunda-Sul, entre Outubro de 2017 e Setembro de 2018, que teve de ser transferido para o mesmo Hospital Prisão, depois de ter estado na Comarca de Viana. Kiteculo cujo quadro é dado como sensível por usar um “peacemaker” no coração foi-lhe marcado uma consulta externa na Clínica da Endiama.

 

Não obstante ao Estado de saúde delicados destes dois antigos gestores públicos, a presença de ambos no Hospital Prisão de São Paulo está a ser alvo de reparos sobre o tratamento privilegiados que estão a ser sujeitos.

No dia em que foram liberados para a consulta externa, os dois foram conduzidos para as respectivas clínicas sem as fardas (uniformes da reclusão), o que gerou contestação da classe dos enfermeiros daquela unidade prisional. O uso da farda é uma obrigatoriedade para detidos sobretudo quando se deslocam para fora do estabelecimento.

 

A contestação foi baseada no antecedente de dois funcionários prisionais (enfermeiros) que foram penalizados por terem permitido que um narcotraficante Higino Duarte Regal, fosse transferido para da clínica Girassol, no distrito da Maianga, sem a farda de reclusão. Durante os dias em que esteve na clínica, o “barão da droga”, também conhecido por “Advogado Pablo”, que se encontrava a cumprir 10 anos de prisão maior, por tráfico internacional de drogas, evadiu-se. Como sanção, os dois efectivos dos Serviços Prisionais foram acusados de cúmplices e condenados a 3 anos de prisão.

 

Segundo apurou o Club-K, os funcionários do Hospital Prisão de São Paulo indagaram o seu director-geral, Jorge de Mendonça, exigindo esclarecimentos quanto os critérios de regalias aos detidos. Mendonça é dado como tendo invocado “ordens superiores”.

 

Os funcionários contestam as alegas “ordens superiores” porque, segundo pareceres, “eles autorizam tudo mas quando as coisas dão mal, arrolam os enfermeiros que não podem se defender diante dos chefes”, explicou uma fonte, questionando “porque os reclusos pobres até algemados são conduzidos aos hospitais mas os ditos mais importantes não?”.

Club-k

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