Notícias de Angola – Dirigente do MPLA procurada pela justiça portuguesa
Em retaliação as suas ausências, o ministério público da comarca de Setúbal, emitiu um certificado de contumácia, datado de maio de 2021, com o numero de processo 641/20.0T9STB, em que a mesma fica impedida de renovar os seus documentos portugueses, tais como bilhete de identidade, passaporte, certificado do registro criminal, carta de caçador, cartão de contribuinte entre outros, devidamente enumerados.
De acordo com explicações, em caso de a mesma entrar em território português para tratar ou renovar algum documento pessoal poderá ser retida pelas referidas autoridades.
Presidente eleita de 2010 (processo fraudulento) da direção da Casa de Angola em Luanda, Suzete Antão teve problemas de gestão associados a acusações de apropriação e desaparecimento de apoios que mais tarde levaram com que a autoridade tributaria de Lisboa arrestasse o imóvel daquela associação. Pesa igualmente sobre si, acusações de descaminho de apoios provenientes da Associação dos Escritores de Angola que seriam destinados a apoiar uma exposição na Casa de Angola, ao tempo que a mesma presidia aquela associação.
No inicio de 2021, o jornalista angolano Jerónimo Belo, denunciou-a num episódio em que saiu condenada por se ter apropriado de dinheiro do falecido embaixador angolano Carlos Belli- Bello, de quem Susete Antão era amiga pessoal.
De acordo com um Relatório do Tribunal que a condenou, “já depois do falecimento do então Embaixador a 12 de Agosto de 2006, em Cape Town, África do Sul, nos dias 16 e 31 de Outubro de 2016, o Banco BES recebeu uma declaração, via FAX, supostamente emitida e assinada pelo próprio, onde dava ordem para resgatar as aplicações da sua conta”.
“A Arguida Susete Antão apropriou-se do dinheiro do falecido com o acordo de terceiros, e diligenciaram por dar destino ao dinheiro que iam transferindo. A Arguida, conjuntamente com terceiro, usou do ardil criado, para fazer crer que era o próprio quem estava a dar ordem de transferência do dinheiro”, lê-se no relatório.
Em fevereiro de 2021, Susete Antão saiu em sua defesa na sequência de uma reportagem do Correio Angolense que a declarava prófuga da justifica portuguesa, alegando não estar proibida de viajar a Portugal. “Entretanto, foi com tristeza que constatei que um jornalista experimentado como senhor Graça Campos, não se deu ao trabalho de fazer recurso ao contraditório para aferir de facto se eu estou ou não proibida de entrar em Portugal, tal como diz no seu texto. Para sua informação, tenho ido com regularidade à Portugal. E a última vez que lá estive foi há pouco menos de um mês”.
“Quanto às questões ligadas ao processo judicial que também faz referencia no texto, por razões éticas e em respeito às pessoas envolvidas, prefiro não me pronunciar, e deixar que a justiça faça o seu trabalho, na certeza de que em tempo oportuno o senhor saberá do desfecho.”, declarou a dirigente do MPLA, e comentarista do programa Política no Feminino da TPA.
Fonte: Club-K