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Angola: O “incontornável” Jonas Savimbi morreu há 20 anos

Efeméride: O “incontornável” Jonas Savimbi morreu há 20 anos

Ativistas e políticos elogiam o papel do líder fundador da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) para a democracia no país. Jonas Savimbi foi morto em combate a 22 de fevereiro de 2002.

Assinalam-se esta terça-feira, 22 de fevereiro, os 20 anos da morte de Jonas Malheiro Savimbi, fundador da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA). O líder do maior partido da oposição morreu em combate nas chanas do Leste, no Moxico, onde esteve enterrado até 2019, ocasião em que os restos mortais foram exumados, entregues à família e à UNITA e sepultados na sua terra natal, Lopitanga.

Duas décadas depois, a UNITA assinala o Dia do Patriota e lembra que a luta pela democracia no país deve muito ao seu líder fundador. “Quem trouxe o pensamento de democracia no país foi Jonas Savimbi e nós continuamos agora a andar sobre os ditames daquilo que foi o seu pensamento filosófico”, afirma Joaquim Lutambi, vice-presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos em Luanda.

“Mas também estamos a falar da valorização de África. Por isso é que numa das suas intervenções Savimbi vai dizer que a nossa luta deve ser, primeiro, para o desenvolvimento de Angola e depois os países africanos”, acrescenta.

Savimbi deve ser “imortalizado”

O nome de Savimbi também esteve envolto em controvérsias. Ainda na semana passada, familiares de membros da UNITA assassinados supostamente por ordem de Savimbi lembraram que estão à espera do esclarecimento desses casos e de um pedido de desculpas.

O politólogo Joaquim Ernesto salienta, porém, que Jonas Malheiro Savimbi é uma figura incontornável na história de Angola, que tem de ser valorizada. “O que tem que se fazer é, na verdade imortalizar o Dr. Jonas Savimbi, a história deve-se repor”, sublinha. ”

Eu não consigo perceber como é possível diabolizar Jonas Savimbi. De certa maneira, ele deve constar nos programas curriculares, nos programas de ensino e aprendizagem como aquela pessoa que fez parte da galeria dos que se debateram pela independência desta Angola”, defende o analista.

O ativista João Mateus, mais conhecido por Jonh MC, considera que o líder histórico da UNITA defendia os melhores interesses dos angolanos. E tinha mão no partido: “Conseguimos perceber que Malheiro Savimbi foi mais rígido”, afirma.

A UNITA, continua, tinha mais expressão do que hoje: “Acredito que poderíamos ficar um pouquinho mais descansados, porque tínhamos uma oposição, estamos a falar concretamente de um líder que conhecia direitos e estatutos orgânicos do partido”.

C/ DW

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