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Os milhões e tostões consumidos no tratamento da covid – 19

Saiba – Os milhões e tostões consumidos no tratamento da covid – 19

Importa – me fazer uma análise estatística sobre o caso, afinal de contas, qual é o propósito que toma 1 a 16 milhões de kzs para o tratamento de pacientes detentores de covid – 19, se, desde que temos vindo à escutar os órgãos competentes, dá – se à conceber que, não existe nenhum paciente grave em Angola com covid – 19

Aliás, os órgãos encarregados pelo sector da saúde têm estado à perseverar que, os doentes estão estáveis. Quando as pessoas narram que todos os doentes estão estáveis, querem fazer chegar o esclarecimento segundo o qual, todos os doentes são hemodinamicamente estáveis, sem sinais e sintomas que exteriorizam severidade da doença.

Para tais doentes, a propedêutica clínica tem referido manejar fármacos por via oral, sendo que, a maioria tem tido um seguimento ambulatorial. Desassossegou – nos, quando os órgãos sanitários do País derramaram as vozes junto das artérias do mundo inteiro, anunciando que, em média, o tratamento de um doente infectado pelo coronavírus vai de 1 à 16 milhões de kzs, um valor tão oneroso que vale recordar o preço de um automóvel ligeiro. A nossa pergunta é simples, o que fazem com tanto dinheiro, se esses doentes são tratados com AINES? Na verdade, todas as medidas tomadas em torno desses doentes, são medidas que visam apenas neutralizar os sinais e sintomas que forem apresentando conforme o desenvolver da patologia.

Na verdade, nem sequer 100. 000.00 kzs chega para tratar um doente portador de covid – 19, de lembrar que, as doenças virais são auto-limitadas, e, a covid – 19, apesar de ser auto-limitada, até então, não foi descoberto um tratamento efectivo. Nos países avançados, tem sido hábito usar cloroquina, hidroxicloroquina, ivermetina, remdesivir, azitromicina, todos em forma de combinação farmacológica para o tratamento da covid – 19, mesmo que, se apliquem essas drogas em monoterapia ou em terapia combinada, tal terapêutica não chega à um milhão ou mesmo dezasseis milhões de kwanzas.

Em Angola, tem – se utilizado um tratamento plenamente paliativo exprimido pelo alívio dos sinais e sintomas da doença, uma vez que, não ficou reconhecido clinicamente o tratamento efectivo utilizado pelos outros países mais avançados.

Até então, o mundo não conheceu qualquer forma de tratamento consistente para a moléstia, todas as drogas são apenas alternativas, e, têm sido utilizadas para retardar a multiplicação e a letalidade do vírus, desde logo, o uso de fármacos anti – maláricos tem servido de forma ideal de tratamento. De sugerir que, nenhum tratamento contra a Covid-19 tem comprovação científica quanto à eficácia. O uso da plasmoterapia de doentes infectados pela Covid-19 à outros doentes também infectados tem desenvolvido algum efeito imune e terapêutico. Mas, até então, não foi desenvolvido nenhum medicamento com propriedades farmacológicas específica para a lise e inibição da virulência do coronavírus.

Se o tratamento é simplesmente paliativo, visando tratar apenas o quadro clínico, qual é o destino que se reserva em 16 milhões de kzs? Tentemos entender a onde vão os dezasseis milhões de kzs. O sulfato de Hidroxicloroquina (400 mg) de 30 comp custa em média 12.500 kzs nas farmácias de Luanda, de realçar que esse medicamento ultimamente tem sido raro no mercado. A cloroquina é escassa, mas quando aparece, o preço da cloroquina (250 mg) tem custado 2 mil à 5 mil kzs. No caso dos soros, o soro fisiológico custa no mercado angolano 500 kzs cada frasco, o lactado de ringer idem, uma seringa de 10 cc pode custar entre 100 à 150 kzs, uma brânula pode custar 150 à 200 kzs, um sistema de soro pode custar em média 200 à 500 kzs dependendo do fabrico e tipo de sistema de soro.

Na verdade, são esses materiais necessários para que um paciente estável se cure da covid – 19, de lembrar que, para se curar da covid – 19 os doentes estáveis tomam comprimidos por via oral, sem necessidade de fármacos parenterais. Se forem usados essas drogas para o tratamento da covid – 19, em média, cada paciente deve gastar menos de 50.000 kzs, talvez gastem mais pela alimentação que ali recebem que pela medicação.

Tentemos perceber isso, uma caixa de sulfato de magnésio, que na verdade não irá terminar, são 12.000 kzs, azitromicina ronda perto de 2 mil kzs, durante o primeiro dia o doente pode receber um soro para hidratação endovenosa, neste caso, usa – se uma seringa (100 kzs), uma brânula (150 kzs), um sistema de soro (500 kzs), dependendo das necessidades pode se usar 1000 cc de soro fisiológico (1000 kzs), em média, esse tratamento pode custar 16 000 à 50. 000.00 kzs se incluir – se a alimentação, de lembrar que um prato de arroz mal passado com feijão e legumes que os doentes recebem pode custar em média entre 1500.00 kzs à 2000.00 kzs, desde logo, o tratamento geral não pode passar 50.000.00 kzs, razão pela qual, a indagação sobre o destino dos milhões de kzs envolvidos no actual tratamento da covid – 19 em Angola, desperta inúmeras dúvidas sobre o seu real destino.

Tentaremos analisar o tratamento clássico da covid – 19 feitos em países como a França, a Itália e os EUA, visado na associação de hidroxicloroquina e azitromicina.

Quando se faz o uso da cloroquina, segundo orientações médicas, usa – se três compridos de 150 mg de 12/12 horas, no primeiro dia, depois passa – se a mesma dosagem uma vez ao dia. No caso da hidroxicloroquina tem sido indicado um comprimido de 400 mg, duas vezes ao dia. No primeiro dia, depois passa a ser usada uma dosagem ao dia. Esse tratamento se analisarmos bem não passa, nem sequer 50 mil kzs por cada paciente, custa crer como foi possível gastar um à dezasseis milhões de kzs para sarar indivíduos perturbados pela covid – 19.

Recentemente uma ex – paciente afectada pela covid – 19 pôs – se à falar por meio da TV – Zimbo numa ligação através do skipe onde a visada salientou que, apesar de ter estado a ser tratada num centro de quarentena, a paciente terá recebido analgésicos e anti – gripal para ser tratada. A paciente faz parte do grupo de doentes que se curaram, sendo assim, passamos a questionar onde vão os milhões usados para tratar doentes estáveis afectados pela covid – 19.

Bem – haja!

João Hungulo: Mestre Em Filosofia Política, Analista Político & Pesquisador.

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