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Países africanos organizam-se para ter acesso a vacinas contra a covid-19

Mundo – Países africanos organizam-se para ter acesso a vacinas contra a covid-19

As vacinas contra a covid-19 estão prestes a chegar aos mercados e os países africanos estão preocupados: esperam que as pré-encomendas de milhões de doses feitas pelos países mais ricos não impeçam o fornecimento a África.

A preocupação foi transmitida no dia 27 de novembro pela diretora regional da OMS para África, a Dra Matshidiso Moeti, que sublinhou igualmente as dificuldades logísticas fazem desta uma operação sem precedentes.

Moeti referiu que se está a trabalhar com países e parceiros para materializar uma iniciativa sem precedentes e que 40 países africanos já partilharam com a OMS os seus dados que possibilitaram avaliar o seu grau de preparação: “Até agora, a pontuação média de prontidão é de 33%, o que está muito abaixo do valor de referência desejado de 80%. Por conseguinte, estamos a redobrar esforços no planeamento e a preparação, porque isto será fundamental para o sucesso deste esforço sem precedentes.”

A OMS anunciou o lançamento da iniciativa COVAX, que junto de outros parceiros, nomeadamente o GAVI e a coligação para a preparação de emergências, pretendem garantir que se crie um orçamento para a compra de vacinas para os países que não têm dinheiro para o fazer.

A representante da OMS para Angola, Djamila Cabral, explicou à Euronews como funciona a iniciativa: “há países ricos que têm muito dinheiro, que podem comprar as vacinas, e há países menos ricos que não podem ir comprar as vacinas.

Para combater esta injustiça a OMS juntamente com outros parceiros, junto com o GAVI e a coalizão para preparação para as emergências, estão a trabalhar juntos para garantir que se crie um um fundo que será utilizado para comprar vacinas para os países que não têm dinheiro para comprar.”

Através da iniciativa COVAX, a União Africana e o Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC) esperam adquirir em bloco doses suficientes para vacinar pelo menos 20% da população residente em África, estabelecendo como prioridade os grupos e regiões mais vulneráveis e profissionais da saúde.

Dário Camal, membro do conselho consultivo da União Africana, explicou que foi criado um consórcio entre a União Africana e a África CDC para garantir uma aquisição em bloco das vacinas contra a Covi-19 e disse esperar que os parceiros de África apoiem esta iniciativa.

Angola aderiu à iniciativa COVAX mas também orçamentou verbas no Orçamento Geral do Estado 2021 para o programa de combate às grandes endemias e desta forma assegurar o acesso a uma eventual vacina, ou ainda para o caso de vir a enfrentar um aumento significativo de casos positivos decovid-19.

De acordo com a representante da OMS Djamila Cabral, em Angola já foi criado um comité nacional de preparação para receber a vacina contra a Covid-19, quando esta estiver disponível. Para Djamila Cabral esta iniciativa governamental é um sinal forte, porque essa comissão é que vai ter a responsabilidade de planificar e definir, todas questões ligadas a distribuição.

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