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TAAG prevê prejuízos de 270 milhões de dólares em 2020

Notícias de Angola – TAAG prevê prejuízos de 270 milhões de dólares em 2020

A Transportadora Aérea Angolana (TAAG) estima prejuízos de USD 270 milhões, até ao final do exercício económico 2020, segundo previsões do presidente da Comissão Executiva da empresa, Rui Carreira.

Em entrevista ao jornal “Expansão”, publicada a 15 de Maio de 2020, o gestor, que está ao serviço da aviação desde 1987, com passagem por várias áreas e funções, adianta que esse cenário assenta na paralisação de operações durante três meses, por força da pandemia Covid-19.

Ao longo desse período, Rui Carreira espera uma “recuperação gradual”, com a redução de 65 por cento da programação da companhia no momento da retoma, bem como uma baixa da procura, na ordem de 55 por cento.

O gestor da TAAG destaca que, após o surgimento da covid-19, em Angola apenas são autorizados voos de carga, nacionais e internacionais, de passageiros de carácter humanitário, e de carácter emergencial.

A esses acrescentou os de transporte de passageiros e carga de apoio às actividades petrolíferas e mineiras. “É claro que, com estas restrições, há uma receita que deixa de ser realizada”, lamenta o gestor, que ilustra a negra situação com o cancelamento médio diário de 35 voos, ou seja, uma média de quatro mil passageiros.

Em consequência disso, Rui Carreira anuncia que foi revisto todo o orçamento previsto para 2020, facto que, na sua opinião, representa grande desafio para uma empresa que vem de um passado de resultados financeiros “reiteradamente negativos”.

Quanto ao futuro, a companhia, Rui Carreira afirma estar em curso um “interessante e ambicioso” plano de reestruturação, que prevê, entre outros, a terciarização de alguns serviços, um processo em “validação” pelos diferentes níveis de decisão da empresa.

Em relação à prevista privatização da companhia, Rui Carreira disse que a mesma continua agendada para 2022.

Caso não sofra alterações, a proposta de privatização reserva na sociedade 51 por cento ao Estado e 10 por cento para um fundo reservado aos trabalhadores.

Os restantes 39 por cento das acções serão vendidas a interessados, nacionais ou estrangeiros, numa proporção nunca superior a 10 por cento.

Fundada em 1938 e com início de operações dois anos depois, a Divisão dos Transportes Aéreos (DTA) evoluiu para Transportes Aéreos de Angola, actual TAAG, a partir de 1973.

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