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Sonangol poupa 20 milhões de USD ao reduzir 275 gestores

Notícias de Angola – Sonangol poupa 20 milhões de USD ao reduzir 275 gestores

A Sonangol vai poupar cerca de 20 milhões USD/ano com a redução de 275 gestores do quadro do pessoal, tendo em conta o processo de regeneração, revelou ao Mercado o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da petrolífera estatal angolana.

Sebastião Martins pontualizou que a petrolífera possuía 692 gestores e nesta altura está a conduzir um processo que visa reduzir este número para o máximo de 417 gestores, processo que vai poupar significativos recursos dos cofres das empresa.

O responsável da Sonangol reforçou que não haverá despimentos maciços neste processo de renegação. Assegura, porém, que será feita uma gestão adequada dos recursos humanos de modos a haver o mínimo impacto na redução do pessoal.

Por outro lado, indicou que a Sonangol prevê arrecadar cerca de 200 milhões USD com a alienação das participação que detém em algumas empresas, tanto em Angola como no estrangeiros, segundo o PCA da empresa. Sem revelar o valor amealhado pela empresa, Sebastião Pai Querido Martins sublinhou que a companhia que dirige já completou a venda dos principais activos imobiliários que detinha em Portugal.

“Estamos também a criar as condições necessárias para a operacionalização dos cerca de 20 concursos públicos lançados recentemente em relação às principais unidades não nucleares da Sonangol, por exemplo as agências de viagens, os bancos BAI, Caixa Totta, entre outros” disse o responsável.

Entretanto, Sebastião Martins precisou que o valor inicial da venda das participações pode sofrer alguma revisão em baixa em função da realidade actual do País, pelo que urge realizar uma nova avaliação dos activos da empresa a alienar.

Em relação à regeneração, o entrevistado realçou que o processo está bem encaminhado e se encontra na fase de implementação. Com efeito, adianta, foram constituídas seis unidades de negócios, das quais cinco viradas para a actividade nuclear e uma para a gestão dos negócios não nucleares da companhia.

Destaca, inclusive, que já foram feitas as nomeações das comissões executivas das unidades de negócios. “Com isto estamos a estabilizar as microestruturas que vão fazer funcionar a nossa macroestrutura”, afirma, notando que neste momento a Sonangol está em condições de garantir a continuidade do programa de regeneração sem sobressaltos.

Ajustamentos

Revela também que com a sua tomada de posse, nas vestes de responsável máximo da companhia, não foram feitas grandes alterações ao programa concebidos inicialmente, “até porque estava bem concebido”.

“Fizemos apenas o ajustamentos das 18 subsidiárias que tínhamos e foram integrados nas cinco unidades de negócios nucleares e na única unidade de negócios não nuclear criada”, garante.

Sustenta, em todo o caso, que os objectivos fundamentais do programa de regeneração, nomeadamente tornar a empresa mais leve, ser capas de prosseguir com os negócios anteriores, garantir que a actividade de exploração e produção tenha uma maior intervenção na produção nacional, entre outros, mantêm-se.

“Anteriormente tínhamos uma gestão de uma produção operada de 2% e estamos a concebê-la de modos a atingir os 10%, de acordo com o Plano Estratégico aprovado pela companhia”, frisa.

Falando da construção de novas refinarias, Sebastião Martins referiu que a empresa prossegue com a conclusão de algumas das principais iniciativas nos projectos de refinação, como é o caso da refinaria de Cabinda que está em curso.

Apontou que o projecto da refinaria do Lobito está na fase final de conclusão do seu processo de engenharia. Já a unidade de refinação de Luanda, lembra, aumentou em quatro vezes a capacidade de produção de gasolina.

Diz que a Sonangol está, igualmente, a melhorar a capacidade de armazenamento de combustíveis em Luanda, com a conclusão da fase de engenharia do projecto de construção da base logística e terminal de armazenamento de derivados da barra do Dande.

“A nível do saneamento financeiro fizemos uma grande conquista, que faz parte do programa de regeneração, que foi sanar as dividas que a Sonangol tinha com a AGT- Administração Geral Tributária e o Ministério das Finanças, que nos vai permitir fazer o encerramento das nossas contas deste ano sem esta reserva”, disse.

O PCA da Sonangol notou também que estas actividades visam preparar a empresa para a posterior alienação parcial de 30% conforme o Plano Estratégico da companhia.

Mercado

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