Urgente – Conheça as sequelas de quem se recupera da Covid-19
Cicatrizes nos pulmões, risco de enfarte e até problemas cerebrais, são as sequelas de quem se recupera da covid-19.
Quem recuperou da Covid-19 pode ficar com fibrose pulmonar que limita o dia-a-dia. São poucos os que sobrevivem quando o coração é mais atingido. Sequelas no cérebro podem ir da paralisia ao stress.
Os pacientes recuperados da Covid-19 que estiveram internados nos cuidados intensivos com um quadro clínico mais grave podem ficar com lesões permanentes nos pulmões, incluindo fibrose pulmonar, e no cérebro. No coração, apesar de ainda não haver dados sobre sequelas a nível cardíaco, quem desenvolve complicações deste tipo e já tem problemas coronários associados tem uma grande probabilidade de não sobreviver.
As consequências da Covid-19 para o sistema respiratório são as mais documentadas. Nos casos em que a infeção provocada pelo novo coronavírus se torna grave, o nosso sistema imunológico, ao tentar combater o vírus, destrói algumas regiões dos pulmões.
“Entre as pessoas que são internadas, a probabilidade de ficarem com lesões significativas e persistentes que perturbe o dia-a-dia é baixa”, acrescenta. Mas “nas pessoas que estiverem ventiladas, a probabilidade de ficarem com essas lesões já é maior”.
Casos graves têm dificuldade em oxigenar o sangue
O pulmão é muito parecido com uma árvore — tem troncos, ramos e folhas. Os ramos e o tronco são a árvore traqueobrônquica, por onde o ar entra e sai para chegar à periferia dos pulmões. Nas pontas estão as “folhas”, que se designam por alvéolos. É dentro dessas bolsas elásticas que o sangue recebe o oxigénio para ser distribuído pelo organismo e fornecer energia ao corpo.
A maior parte dos vírus que atingem o trato respiratório infeta sobretudo a parte traqueobrônquica. Mas o novo coronavírus é diferente porque invade o organismo através de uns recetores (as enzimas ACE2) que estão essencialmente localizados na periferia do pulmão, onde ficam os alvéolos.
Leia mais sobre o assunto:
Pulmões cicatrizam, mas até andar pode ser difícil
C/ Observador