Notícias de Angola – MPLA incentiva denúncia de actos de corrupção e crimes conexos
O MPLA, partido no poder em Angola, incentivou e encorajou hoje, sexta-feira, na província do Huambo, a sociedade a denunciar os actos de corrupção, impunidade, nepotismo e bajulação, enquanto principais empecilhos para o desenvolvimento sustentável e bem-estar da população
O facto foi realçado pela primeira secretária do partido nesta região, Joana Lina, durante o lançamento da campanha pública de moralização da sociedade, que decorrerá até 2020, sob o lema “Combater a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade – é garantir o futuro melhor e bem-estar das famílias angolanas”.
Na ocasião, a dirigente partidária realçou a importância do envolvimento de toda sociedade “igrejas, famílias, órgãos da administração da Justiça, ONG, entre outras”, para tornar mais eficiente as políticas e medidas do Executivo, relativamente ao combate à corrupção, por ser um mal que acarreta consigo muitos riscos.
Para Joana Lina, a luta contra estes fenómenos deve ser inclusiva e participativa, desincentivando estas práticas, através da denúncia e criação de mecanismos de prevenção a nível das instituições e das famílias, esta última por ser o local onde tudo começa e termina, desde as coisas lícitas às ilícitas.
Referindo-se sobre a campanha de moralização da sociedade, a primeira secretária do MPLA no Huambo disse que a mesma visa desencadear um amplo programa de resgate dos valores morais e cívicos, patrióticos, dos bons hábitos e costumes e de respeito aos bens públicos, que exige o engajamento de todas as forças vivas.
Acrescentou que a campanha tem igualmente por objectivo o reforço do diálogo entre as famílias e a criação de debates, como forma de evitar práticas que retardam o crescimento sustentável e o bem-estar comum, através da promoção da harmonização dos comportamentos.
Referiu ainda que os pais e encarregados de educação precisam assumir o seu verdadeiro papel de agentes de socialização, começando em casa, prosseguindo fundamentalmente nas classes primárias e secundária, sem desprimor, como é óbvio, dos demais níveis.
Enfatizou ainda o importante papel das autoridades tradicionais nesta campanha, enquanto reservas morais da sociedade.
Durante o acto, decorrido no pavilhão gimnodesportivo do Petro Atlético do Huambo, foram apresentados temas como “O combate à corrupção, nepotismo, bajulação e a impunidade, no âmbito do Programa de Governo do MPLA (2017-2022) e dos discursos do Presidente da República”, ” O papel das escolas no combate à corrupção”, “A intervenção dos médias no combate a esta prática” e “O papel dos órgãos da administração de justiça luta contra a corrupção”.
Os participantes, entre membros de partidos políticos com assentos parlamentar, autoridades tradicionais e religiosas, abordaram ainda conteúdos sobre “A corrupção como factor inibidor do desenvolvimento económico”, “Democracia, boa governação e os avanços internacionais”, “Resposta jurídico-penal ao crime, organizado, ao branqueamento de capitais e a corrupção” e ” e “Ética na administração pública”.
Nas eleições de 23 de Agosto de 2017, o MPLA obteve, na província do Huambo, Planalto Central de Angola, 347 mil e 763 votos, de um total de 621.554 de eleitores, que lhe permitiu eleger três deputados, dos cinco previstas (João Baptista Kussumua, Bibiana Nandombua e Armando Capunda).