Fundador do Facebook Mark Zuckerberg finalmente terminou a sua licenciatura na Universidade de Harvard, em Cambridge, Estados Unidos.
Depois de ter abandonado a faculdade, há praticamente 12 anos, agora o fundador do facebook Mark Zuckerberg é oficialmente licenciado pela sua anterior Universidade, Harvard. Marcando assim a diferença na linha de desistentes universitários que se tornaram milionários depois de fundar empresas de tecnologia, como exemplo (Bill Gates e Steve Jobs).
Mark Zuckerberg é um programador e empresário norte-americano, conhecido internacionalmente por ter fundado o Facebook, em 2004. Foi ainda no seu quarto universitário, em Harvard, que Mark começou a desenhar aquela que viria a ser a maior rede social do mundo e que o fez desistir da universidade, para se poder dedicar inteiramente ao projeto, juntamente com os seus colegas Eduardo Saverin, Andrew McCollum, Dustin Moskovitz e Chris Hughes. Há uns dias, o empresário tinha partilhado um vídeo na sua conta que mostrava o momento em que soube que tinha entrado em Harvard. O vídeo foi, na altura, gravado pelo seu pai, Edward Zuckerberg.
Com 33 anos, 12 anos depois de ter abandonado o curso de Ciência da Computação para se dedicar à ideia da qual nasceu a rede social Facebook, o CEO regressa à universidade onde estudou, agora como orador da cerimônia de entrega de diplomas aos licenciados — e para, finalmente, receber o seu. O discurso foi, claro, transmitido em direto pela sua conta do Facebook e amplamente aplaudido por todos os que assistiam na plateia.
Se os recém-licenciados esperavam ouvir a fórmula para se tornarem milionários, Zuckerberg lembrou-os de que o caminho não é fácil e que “não existe um momento Eureka”. A chave está no trabalho e em criar “grandes projetos com significado”.
Num discurso que passou pelo aquecimento global, caridade, voluntariados e educação, Mark elogiou a globalização e pediu o combate ao autoritarismo e nacionalismo, que considera serem as “dificuldades dos nossos tempos”. O norte-americano apelou ainda à nova geração de licenciados para abraçar a globalização como “um propósito de vida”. “A mudança global começa connosco. Vocês estão a ser formados num mundo que precisa de propósito, e depende de vocês criá-lo. Nós conseguimos consertar isto”, conclui.
O membro honorário de Harvard aproveitou ainda a oportunidade para criticar o sistema educativo. “Há qualquer coisa de errado com o nosso sistema, quando eu posso deixar a universidade e fazer biliões de dólares em dez anos, enquanto milhões de estudantes não conseguem sequer pagar as suas propinas e muito menos começar um negócio”, admite.
No meio da mensagem inspiracional, mas com apontamentos políticos, Zukerberg ainda deixou espaço para o humor: “Se eu conseguir terminar este discurso, será a primeira vez que eu realmente termino alguma coisa aqui em Harvard”. A realidade sobrepôs-se ao humor e a Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas do mundo, concedeu-lhe o diploma honorário, apresentando-o como “Dr. Mark Zuckerberg”.
Depois da cerimônia que marcou também os 366 anos da história de Harvard, o norte-americano gravou o momento com uma fotografia numa publicação no Facebook, onde deixou a legenda “Mãe, eu sempre disse que voltaria para ter o meu diploma”.
Já de canudo na mão, o dono da empresa que gere a rede social mais famosa do mundo decide transmitir ainda uma última mensagem de agradecimento, onde partilha, por escrito, todo o discurso e admite a importância que teve, para si, ter discursado na universidade.
Em 2010, a revista norte-americana Time nomeou Zuckerberg como a “Pessoa do Ano” e uma das 100 pessoas mais ricas e influentes do mundo.