Notícias de Angola – Governo ignora greve dos professores universitários – Alunos há 10 dias sem aulas
O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação (MESCTI) e o Sindicato Nacional dos Professores do Ensino Superior (SINPES) continuam a não chegar a acordo no processo de negociações para pôr fim à greve dos professores das universidades públicas, apesar de o Governo garantir que está aberto ao diálogo.
O SINPES garante que não vai recuar na decisão de ver satisfeito o aumento salarial e um seguro de saúde para os docentes.
Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do Sindicato de Professores do Ensino Superior, assegura que a greve é por tempo indeterminado, enquanto se aguarda uma resposta positiva do Presidente da República relativamente ao assunto, atentando “à incapacidade demonstrada pelo MESCTI”.
Os professores das universidades públicas em todo o País retomaram a greve no dia 27 de Fevereiro, após três meses de suspensão, para exigirem aumento salarial e seguro de saúde, afirmando que a paralisação só ocorre pelo facto do Presidente da República, João Lourenço, não se ter pronunciado até agora sobre o assunto.
Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do SINPES, confirmou esta quinta-feira, 09, a continuidade da greve em todo o País.
Segundo o responsável sindical, o Ministério do Ensino Superior apresentou um aumento de apenas 6%, estando abaixo da exigência dos docentes, constante no caderno reivindicativo em posse do Governo há anos.
Conforme o SINPES, os professores não defende apenas melhoria salarial, mas também infra-estruturas condignas, fundos para a investigação e formação contínua.
Eduardo Peres Alberto refere que o Ministério do Ensino Superior alega não estar à altura de atender às exigências do caderno reivindicativo, em discussão desde o ano passado.
O SINPS critica o MESTIC por orientar a marcação de faltas aos grevistas, considerando a medida como “coacção”.
A ministra do Ensino Superior, Maria do Rosário Bragança, diz esperar do SINPES bom senso para não haver danos na formação dos estudantes.
“Queremos que os docentes cooperem e que não haja danos na formação”, disse à imprensa a número um do MESTIC, afirmando que o Governo continua aberto às negociações para pôr fim à greve.
De recordar que a greve dos professores do ensino superior das universidades públicas, no ano passado, durou mais de 60 dias.
C/ Lil Pasta News