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Banco Económico tem novo dono e vai publicar as contas na próxima semana

Atualidade – Banco Económico tem novo dono e vai publicar as contas na próxima semana

Tal como o Expansão tinha publicado na sua edição de 22 de Julho, faltava apenas a aprovação da Comissão do Mercado de Capitais (CMC) para a constituição do fundo de capital de risco que permite salvar o Banco Económico (BE). Este foi então constituído pelo valor de 330 mil milhões Kz, sendo que por agora foram realizados 272 mil milhões Kz, dos quais 271 mil milhões serão o capital social do Económico e os restantes mil milhões serão para pagar as despesas do próprio fundo.

O diferencial de cerca de 59 mil milhões Kz correspondem ao valor das participações do General Dino, a sua e a da Geni SA, que estavam entre os 40 maiores depositantes que assinaram o plano de recapitalização. Como Leopoldino do Nascimento tem um processo a correr com a OFA – Agência de Controle de Activos Estrangeiros dos Estados Unidos – não poderia fazer parte do fundo porque não cumpre os requisitos exigidos, a opção foi avançar para a constituição do fundo de capital de risco sem a sua participação, apesar de as verbas correspondentes estarem caucionadas no banco, de acordo com as fontes do Expansão. Ou seja, não entra oficialmente, mas mantém-se o espaço para que o possa fazer se entretanto resolver as “acusações” nos EUA.

Recordar que foram chamados a participar nesta solução os 40 maiores depositantes do banco, para cada um entregar 65% do valor que tinha no Económico, num programa de recapitalização avaliado em 1,1 biliões Kz, sendo que 330 mil milhões vêm sob a forma do fundo e os restantes 770 mil milhões através da “compra” de títulos de participação.

Este Fundo, que é o novo dono do Banco Económico, é gerido pela IFA na figura do seu PCA, Francisco Garcia dos Santos, que já foi quem esteve na assembleia geral do passado dia 22 de Agosto. Em termos práticos, os participantes do fundo, que neste caso específico são os accionistas do banco, não se relacionam directamente com a nova administração, mas será o PCA da IFA que fará a ligação.

Em termos do próprio fundo há um conselho consultivo composto por cinco pessoas que reunirá e analisará a performance da instituição, único activo este que detém, que depois passa as decisões ao representante da IFA. O fundo é fechado e tem um período de vida de 10 anos, não pode liquidar-se durante este período, sendo que os integrantes também não podem vender as suas participações a terceiros sem a devida autorização por parte do BNA.

Podem fazer aumentos no capital do fundo, o que pode a vir a ser necessário pois o banco vai precisar de mais dinheiro para fazer o seu processo de modernização, e entre os integrantes também é possível transaccionar as participações. Acrescentar que o empresário António Van Dúnen é o que detém maior participação neste fundo, mas longe de ser maioritário.

Outro aspecto que ficou salvaguardado na negociação com os integrantes do fundo é que se aparecer um investidor nacional ou internacional com intenção de comprar a instituição, e que isso mereça a aprovação do gestor do fundo e do BNA, o fundo pode extinguir-se.

C/ Expansão

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