Destaque – Angola terá um crescimento de até 1% em 2021
O Ministério da Economia e Planeamento (MEP) estima para 2021 um crescimento conservador de um por cento, enquanto o FMI, com uma projecção mais optimista, espera que Angola cresça 3,2%, podendo sair dos ciclos de recessões sucessivas, anunciou hoje quinta-feira, em Luanda, o secretário de Estado do Planeamento, Milton Reis.
A projecção do Governo para este ano, associando já o efeito pandemia da Covid-19 na economia, é uma contracção de 2,8%, muito abaixo das estimativas de 4% do FMI.
A actividade económica contraiu em termos homólogos 1,8 % no primeiro trimestre e 4,6% no segundo trimestre de 2020.
Ao falar no habitual Briefing Bissemanal do Ministério da Economia e Planeamento (MEP), sublinhou que as previsões são mais conservadoras, tendo em conta as incertezas da conjuntural actual.
Segundo o secretário de Estado, no âmbito do Programa de financiamento ampliado (Extend Fund Facility-EFF, assinado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) em Dezembro de 2018, com duração de 3 anos, uma missão do Fundo vai monitorar, de 5 a 12 de Outubro, o programa, com objectivo de avaliar os desenvolvimentos das variáveis macroeconómicas do primeiro semestre de 2020 e buscar o alinhamento do quadro macroeconómico para o período 2020-2021.
A propósito, realizou-se, no dia 6 de Outubro, um encontro entre os técnicos do Ministério da Economia e Planeamento e do FMI, com o propósito de avaliar o desenvolvimento da actividade económica durante o primeiro semestre de 2020 e as previsões para o PIB referente aos anos 2020 e 2021, tendo em conta o contexto da Pandemia da Covid-19.
De acordo com o responsável, as projecções poderão ser actualizadas, tão logo o INE apresente as Contas Nacionais do segundo trimestre.
Referiu que no âmbito das actividades realizadas em torno da implementação e divulgação dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, continuam as acções de capacitação em formato webinar, direccionado aos jornalistas, representares dos departamentos ministeriais, governos provinciais e sociedade civil, com vista a apresentar os ODS e a Plataforma dos ODS Angola.
Avançou que neste momento termina o curso de avaliação das Revisões Nacionais Voluntarias, que está a ser ministrada pelo Clear África Lusofona (Clear AL) em parceria com Fundação Getúlio Vargas do Brasil e conta com a participação de 25 intervenientes da Plataforma dos ODS em Angola, representantes do Governo, Nações Unidas e Sociedade Civil.
O curso reforça a importância dos países incorporarem práticas de avaliação às Revisões Nacionais Voluntarias (RNVs), para a medição dos progressos relativamente à Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030, a fim de rever estratégias, ajustar as políticas públicas e a participação dos diferentes actores.